terça-feira, 25 de dezembro de 2007

BALANÇO GERAL

Balanço Geral

É parece piegas dizer, mas é verdade mais um ano se foi... Mas fazendo um balanço geral, foi um ano bom... Realmente, não posso reclamar foi um ano em vi e vivi muita coisa e percebi o quanto à vida é frágil e como em um dia está tudo bem e no outro sua vida pode mudar e virar de ponta cabeça...

Vi grandes provas de amor na minha família, uma irmã que durante 6 meses parou sua vida para cuidar do irmão, depois de um problema sério de saúde.
Outra grande prova de amor é a de uma mãe que mesmo depois da filha dar várias cabeçadas e atentar contra a própria vida, ela abdicar da própria vida e do trabalho ela ir todos os dias para um hospital e ficar lá mesmo enquanto a filha estava em coma e nem sabia o que estava acontecendo a sua volta e mesmo assim ela não desistiu nenhum dia e três meses depois ela pôde levar sua filha para casa.

È a apesar de muita tribulação, final feliz para ambas as histórias os dois estão ótimos e cheio de saúde.

Vi uma das minhas melhores amigas, realizar um grande desejo, o de ser mãe... ela está grávida e muito feliz!!! A Luiza chega em Abril...

Esse ano também descobri, que o verdadeiro amor supera as crises e fica ainda mais forte, meus pais são a maior prova disso, apesar das crises que vivemos o ano passado, esse ano pude perceber o quanto eles se querem bem e não sabem viver um sem o outro, apesar de tudo e de todas as diferenças.

E em meio á tantas provas de amor também percebi o quanto as pessoas estão cada vez mais egoístas e não tem o mínimo de respeito pelos sentimentos dos outros, eu vi e senti isso na pele. As pessoas não tem a coragem de dizer com todas as palavras “ Olha meu bem, não gosto de vc, então não se iluda”, nãooooo... é muito mais fácil iludir, dar corda e depois simplesmente fingir demência ou fingir que nada aconteceu.

Foi um ano difícil no amor, sim eu sei, que que eu não queria enxergar e por isso passei tanto tempo insistindo no mesmo erro, também tive minha parcela de culpa. E como todos os meus amigos sabem, fiquei muito magoada, até que um dia tentei ser uma pessoa civilizada e conversar pelo MSN, já que ele estava me chamando e se mostrando “amiguinho”, mas papo vai, papo vem, ele me diz que vai passar o ano novo em Cuba com a NAMORADA!!!! e eu civilizada tb me fiz de “amiguinha”, mas por dentro Deus sabe como fiquei... Afinal, vamos lá: Eu não quero chamar de meu amigo, alguém que já chamei de meu amor... enfim, sobrevivi, mas é obvio que chorei muito, mas não sei se por ainda gostar dele ou por simples Dor de Cotovelo mesmo... PUXA VIDA, ACHO QUE POSSO ME DAR O DIREITO DE SER FRACA ALGUMAS VEZES!!!

Pois é, meus amigos, eu desejei , confesso que houvesse um tisuname ou um maremoto em Cuba e o lindo casal feliz fosse levado para bem longe... Mas na mesma hora como uma boa cristã que sou, me arrependi, afinal, o que eu tenho que apagar não são eles e sim o que ainda tenho dentro de mim... e estou fazendo um trabalho diário e acredito dará certo, ano novo vida nova!

Mas confesso, ainda não consigo ser amiga dele e nem quero, pelo menos por enquanto... afinal o tempo é sempre o melhor remédio!!

Mas não fui a única e sofrer por amor, também vi grandes amigos chorando, perdendo a fome e todo o resto que sempre fazemos e mesmo assim não desisti de ser feliz no amor, não estou amargurada a ponto de desistir, confesso que passei esse ano um pouco reclusa, mas sei que 2008 será diferente. EU MEREÇO!!!

Quem me conhece sabe que nunca fui lá muito romântica e que sou uma mulher bem moderna e prática, mas no fundo sempre achei que o amor verdadeiro era aquele dos contos de fadas, onde eles viveram felizes para sempre. Mas enquanto não aparece o cara certo (o famoso príncipe encantado), vamos nos divertindo com os caras errados (os sapos, que beijamos e eles se tornam príncipes, pelo menos por um tempo)... rsss

Bom mudando de assunto, profissionalmente foi um ano maravilhoso e sei que em 2008 será ainda melhor...

Conheci pessoas maravilhosas, fiz novos amigos e convivi com os meus AMIGOS queridos e amados...

Esse ano aconteceu mais coisa boa, uma amiga que andava distante está tentando se reaproximar e que em 2008 nós possamos nos ver e nos aproximar cada dia mais.

A viagem do ano e inesquecível, foi a viagem para Descalvado City, com pessoas maravilhosas e muito muito queridas... foi um sucesso!!!

Também vi uma amiga bem querida, esposa de um grande amigo passar por uma grande perda, uma perda da qual ela nunca irá se recuperar de verdade, mas chegará o dia em ficará só uma linda lembrança... (Força)

De uma forma geral foi um ano maravilhoso e que venha 2008!!!

Para os meus amigos amados um poema para começar 2008 com o pé direito!!!!
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 23 de outubro de 2007

E chega de complicar a própria vida...

Achei esse artigo na internet depois que uma amiga me falou que leu na vip de um consultório e quase arrancou a página porque precisava muito dividir comigo... Agora é minha vez... Tenho que dividir com vocês. Não sei qual crise exatamente cada uma de vcs está passando, mas a minha crise é exatamente essa!

PORQUE SER FELIZ É UMA DAS PIORES OFENSAS DO MUNDO

Por Tatiane Bernardi

Mariúsca Cristina tem bigode. Que ela tinge com blondor vagabundo efica parecendo um gato de rua. Ela tem uma pancinha nojenta cheia de pêlos que ela também tinge com o mesmo blondor vagabundo. Sempre que pode, ela valoriza sua pancinha com alguma miniblusa de tecido vagabundo com brilhos e calça justérrima com barras de lantejoula.
Mariúsca Cristina, ou Mariúúúú para os colegas (pobre nunca fala que tem amigo, só tem colega), tem um sonho: conhecer o Cristo Redentor. E, nesse final de semana, Janderson, seu namorado que trabalha no ramo alimentício (ele limpa o banheiro de um restaurante), planejou pedi-la emcasamento justamente no Cristo. Só que vai ser naquele cabeçudo de Serra Negra mesmo. Que é o que dá pra fazer. Mariúsca vai aceitar, feliz da vida, e, para comemorar, o casal vai dormir em um hotel beira de estrada e pedir camarão. A última vez que Mariúúúú comeu camarão foi, foi... Na verdade essa é a primeira vez que ela comecamarão. Mais tarde Janderson vai acordar com a maior dor de barriga porque o camarão estava estragado, mas vai se recusar a passar mal, afinal, aquele danado do crustáceo custou mais de 20 reais ao casal. E eu odeio a Mariúsca, com toda a força do meu ser. Odeio sua voz de sonsa e seu sotaque entre o analfabeto e o mongolóide. Odeio que ela rebole sua bunda gigantesca como se uma bunda valesse qualquer diploma, livro, filme, viagem ou bom papo. Ela só tem aquela bunda e um pouco de talento para tirar cutículas. Mas o que eu mais odeio nessa vaca da Mariúsca é que ela tem a única coisa que eu quis ter a minha vida inteira e jamais consegui: ela é ininterruptamente feliz.
Janderson é baixinho, pobre, emberebado, burro. E fede. Mas ela o ama simplesmente porque resolveu que ama e nunca entrou em crise pra saber se ele é ou não bom o suficiente pra ela. Poxa, se ele a leva noCristo e compra camarão deve ser o homem da sua vida. Seu emprego no salão de beleza de quinta categoria fica a três horas e meia da sua casa e paga 345 reais por mês. Mas a desgraçada faz todo o trajeto, ida e volta, na chuva ou no sol, andando ou parada, sorrindo.
Ela nunca conheceu seu pai, nem sabe quem é. Nem por isso faz de sua vida um drama. Aliás, ela odeia filme de drama. Aliás, ela odeia filme porque dá sono. Odeia ler também. O que ela gosta mesmo é de ver os programas dominicais com bandas de pagode. Ela não sofre porque não dá para ir a Paris todo mês ou porque o novo filme do Lars Von Trier tinha esgotado logo quando chegou sua vez. Aliás, ela nem sabe direito onde fica Paris e se você falar “Lars Von Trier” para ela, vai ouvir um “vai você, sua besta”.
QUEM É VEROTINA?Mariúsca não sabe o que é Verotina. O remédio que o psiquiatra me passou pra ver se eu volto a ver um pouco de graça na vida. Verotina pra ela deve ser a nova manicure. Ou porque o nome é um pouco mais chiqueque Mariúsca, a nova cabeleireira. “Verotina, me corta um pouco as pontas.” Mas, se eu explicar pra ela que na verdade é “verotina, não me deixe cortar os pulsos”, ela não vai entender nada. Certamente ela me diria:“Mas com uma vida tão linda, cheia de Jandersons, colegas da condução, blondor, camarões, bandas de pagode e cristos cabeçudos de Serra Negra, como é que um ser humano vai querer morrer?”.
Mariúsca não sabe que mesmo eu fazendo musculação três vezes por semana, corrida duas e drenagem uma, ainda acho que deveria ter uma lei que me proibisse de andar sem canga pelas areias de Maresias. Ela também não sabe o desespero que é você ler, ler e ler, e continuar sabendo que não leu nem um quinto do que deveria ter lido pra ser alguém minimamente culto. Ela não sabe a agonia que é estar parado no trânsito da Rebouças com tantas praias lindas no Brasil e tantos cafés perfeitos na Europa. Ela não sabe como é terrível esperar que apareça alguém pra me fazer feliz se eu mesma sou incapaz disso.
Ai, Mariúsca! Você me arrancou um bife! E ela se mata de rir da minha desgraça.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A Fila anda...

Hoje recebi esse texto da minha amiga Silvia... achei o máximo...
Resolvi publicar aqui... Boa leitura...

A fila anda
Hoje acordei pensando que eu poderia ter a capacidade da Martha Medeiros ou do Arnaldo Jabor para escrever exatamente o que sinto sobre esta frase tão falada no momento: “ A fila anda”.
Fico imaginando como o ser humano é depreciado ao usarmos esta frase. Como se fizéssemos parte de uma fila de robôs em experiência. Testa-se um a um e a fila anda. Não há sentimentos, nem memória, nem família, nem amor.
Apenas uma fila que anda.
Devo penitenciar-me pois, até eu usei a frase tantas vezes sem me dar conta do que poderia estar significando. Faço parte da comunidade orkutiana: “ A fila não anda, voa”
Alguém se lembra desde quando começamos a usar esta expressão ou quando ela surgiu?
Sou madura, meio século. Minha lembrança é de que, quando jovem,os relacionamentos eram mais sérios. As pessoas se envolviam mais. Os homens não fugiam do namoro.Muito menos as mulheres. Casar era obrigatório para termos vida sexual.
Não que eu cultive a virgindade pré-nupcial. Claro que não! Mas, também não aceito a banalização do sexo! O encontro entre dois seres desta maneira tão profunda com certeza não é assim tão insignificante que não mereça maiores cuidados do que o uso do preservativo!
Sou de uma geração de transição entre a virgindade obrigatória e a crescente liberdade sem limites. Pelo menos ainda tenho boas lembranças. Havia romantismo. Havia Ray Conniff, Elvis Presley, Frank Sinatra e todos os ídolos da música italiana que faziam nossos bailes serem inesquecíveis. Os meninos tinham que ter a coragem para nos convidar para dançar e levar um não. As meninas corriam o risco de tomarem o famoso chá de cadeira. Éramos valentes.
Arriscávamos.Olho no olho, rostos colados.Mãos dadas, passeio pela praça ou pela orla da praia. Andar de mãos dadas era muito especial.
As coisas aconteciam de uma maneira singela.
Os homens que pediam seu telefone, realmente telefonavam. Os que pegavam na sua mão estavam realmente interessados em estar com você. Não havia o temor do compromisso. As pessoas queriam mesmo era namorar.Moças que não arranjavam namorados depois dos 20 anos já eram consideradas estranhas e com certeza iriam “ficar para tia” como se dizia na época.
Apesar da ditadura, ou até por causa dela, conservávamos certa pureza de sentimentos.A mulher era feminina.Usávamos mais saias.Os homens eram cavalheiros, aprendiam a dançar, abrir a porta do carro e a puxar a cadeira para a sua companheira se sentar.
Fico imaginando que naquela época a fila não andava. Nunca! Esperávamos namorar e casar e ter filhos.Nada de filas.Talvez os homens cultivassem algum hábito de pular a cerca , como era o termo da época, a maioria ainda idolatrando o lar e imaginando que com a esposa não teria a liberdade sexual que encontrava nos bordéis.
Isto parece muito antigo? Pois foi outro dia!
Não sei onde estive, como foi que eu não percebi a terrível mudança dos tempos e dos relacionamentos.
Ainda quero um homem que não tenha medo de ouvir um não!
Ainda preciso de alguém que goste de caminhar na praia de mãos dadas, que, se pedir meu telefone é porque vai ligar.
Se sair comigo mais do que uma ou duas ou três vezes, esteja disposto a assumir que queira namorar antes de fazer sexo. Quero alguém que, se for só fazer sexo, não tenha medo de se envolver. Qual é o medo? Sofrer? Ser depreciado? Comparado com o anterior (da tal fila que andou) ou com o próximo da fila? E as mulheres? Porque não conseguem mais esperar o tempo certo de fazer sexo? Será mesmo que precisamos testar todos? E a fila anda??
Não há mais namoro! Ou você fica ou você está enrolado.
Aliás, há namoro, mas são poucos. Hoje, o que se vê mais são os que ficam, aqui e ali, sem compromisso. Eu não posso entender este medo descomunal que os homens têm desta palavra. Ninguém obriga ninguém a ficar com quem não queira. Os casamentos se dissolvem mais a cada dia e os homens continuam com medo?? De que? De sofrer? De chorar? De amar? Qual é o problema?
Dizem que as mulheres independentes assustam os homens. Será? Medo de competição salarial? Medo do desempenho sexual? Medo de se tornar submisso? Medo exatamente do que?
Se não nos envolvermos, se não nos entregarmos, com certeza evitaremos o sofrimento, mas também fugiremos da oportunidade de voltar a amar. Estaremos colaborando para que a fila ande, banalizando de forma inevitável o outro, que é um ser humano como nós, com sentimentos, dúvidas, experiências amargas na bagagem, mas com capacidade infinita de amar, inerente a todos nós.
Não deixe a fila andar. Pare e se entregue. Seja responsável pelo que você cativa como nos disse sabiamente Antoine de Saint-Exupéry, em “O Pequeno Príncipe”.

Edna Sbrissa

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Achei o máximo....


A gente se vê... uma ova!
Xico Sá
Em uma megalópole como São Paulo e outras tantas grandes cidades brasileiras, haja encontros e desencontros, alguns não tão graves, acontece, outros infinitamente dolorosos, que nos perturbam os sentidos, que fazem a gente maldizer os céus, os astros, o destino.
Fica tudo na base do “a gente se vê”... E adeus!
Não que fosse acontecer um casamento ou algo do gênero a partir daquele encontro, nada disso, mas foram encontros bonitos, fortes, que se acabam ali mesmo, na poeira da estrada, numa tarde fria, em um café da manhã, numa simples despedida.
“A gente se vê.” Pronto, eis a senha para o terror, o “never more”, o nunca mais do corvo do escritor Edgar Allan Poe.
A gente se vê. Corta para uma multidão no Viaduto do Chá. A gente se vê. Corta para uma saída de estádio lotado em dia de decisão de campeonato.
A gente se vê. Corta para “onde está Wally”.
Nada mais detestável de ouvir do que essa maldita frase. Logo depois a porta bate e nem por milagre.
Jovens mancebos, evitem essa sentença mais sem graça. Raparigas em flor, esqueçam, esqueçam.
Melhor dizer logo que vai comprar cigarro, o velho king size filtro do abandono. Melhor dizer que vai pra nunca mais. Melhor o silêncio, o telefone na caixa postal, o telefone desligado, o desprezo propriamente dito, o desprezo on the rock’s.
A gente se vê uma ova. Seja homem, troque de palavras, use o código do bom-tom e da decência. A gente se vê é a mãe, ora, ora. Como canta o Rei, use a inteligência uma vez só, quantos idiotas vivem só...
Esse “a gente se vê” deveria ser proibido por lei. Constar nos artigos constitucionais, ser crime inafiançável no Código Penal.
A gente se vê é pior do que a gente se esbarra por aí. Pior do que deixar ao acaso, que jamais abolirá a saudade, que vira uma questão de azar e sorte.
Melhor dizer logo “foi bom, meu bem, mas não te quero mais”. YO NO TE QUIERO MAS, como na camiseta mexicana que ganhei de una hermosa chica. Dizer foi bom meu bem e pronto, ficamos por aqui, assim é a vida, sempre mais para curta do que longa-metragem.
A gente se vê é a bobeira-mor dos tempos do amor líquido e do sexo sem compromisso.
A gente se vê é a vovozinha, ora!
Seja homem, seja mulher, diga na lata.
Não engane a moça, que a moça é fino trato, que não merece desdém. A fila anda, jogue limpo.
A gente se vê. Corta para uma multidão no show do Morumbi. A gente se vê. Corta para a multidão no Campo de Marte. A gente se vê. Corta para o formigueiro do Maracanã. A gente se vê. Corta para a São João com a Ipiranga. A gente se vê. Corta para um engarrafamento gigante na Marginal do Tietê...
A gente se vê. Então aproveita e vai olhar se eu estou lá na esquina!

domingo, 30 de setembro de 2007

Tempo

Ando meio sumida do meu próprio blog... Pois é, a causa disso é o trabalho novo... pois é... ando trabalhando e viajando bastante á trabalho... mas devo confessar que nunca estive tão feliz profissionalmente!!!!
Quando páro para pensar, tenho a plena certeza de que fiz a escolha certa!!!
Bom preciso fazer uma homenagem mesmo que tardia á um casal de amigos Ana Paula e Uli, eles estão grávidos... e pra lá de felizes...
Consegui encontrá-los no aniversário da Caru que foi uma delícia, onde revi várias pessoas que não via há um tempinho.
Minhas sinceras desculpas ao meu querido amigo Rogério, que desde que mudei de emprego não consigo encontrá-lo, mas ainda bem que o celular existe e tem sido nosso meio de comunicação.
Esse fim de semana também encontrei outros amigos e conheci alguns amigos dos amigos muito bacanas, niver da Mari... divertidíssimo...
Já fazem dois finais de semanas que não viajo e estou achando uma delícia poder fazer coisas com os amigos e ficar com a family, que querendo ou não ficam carentes de DIDI...
Bom acho que é isso...
Prometo tentar encontrar todos os amigos queridos antes que comece a maratona de viagens e eventos novamente... adoro vcs e é muito bom saber que sentem minha falta...
PS: Bom antes que alguém me pergunte sobre o coração, vamos lá:
Outro dia minha grande amiga Sil me disse uma coisa que resumiu bem a minha situação:

"Amiga, seu coração ultimamente é só mais um órgão vital do seu corpo né?" rsssss
Pois é... ele andou meio magoadinho, mas no fundo eu sei que eu quis me manter assim fora de combate, nada melhor que o tempo para curar um grande amor que não foi correspondido...
E assim venho me mantendo sem grandes paixões ou sentimentos avassaladores...
Na hora certa ele vai acelerar de novo e vou sentir frio na barriga, as minhas pernas vão tremer e vou ver borboletas roxas com bolinhas pink... rsss
Por enquanto estou deixando a vida me levar... e vivendo um dia de cada vez...
E a pergunta que não quer calar: E ai esqueceu o mr x?
Ainda não... mas continuo tentando... um dia de cada vez e agindo assim está sendo mais fácil...

sábado, 8 de setembro de 2007

Experiência...

Nossa... faz tempo que não escrevo... devo isso a alguns fatores: Um pouco de preguiça, uma pitada de falta de vontade e um montão de falta de tempo...
Ando trabalhando bastante... mas estou bem feliz profissionalmente...
Essa semana fiz duas coisas muitooooo boas e que não fazia há meses, na verdade uma delas há anos...Bom mas ambas são impublicaveis rsss
Segue um texto bem bacana para pensarmos...

Experiência

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de banda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mass empre era um "para sempre" pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "Qual sua experiência?". Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... Experiência. Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: "Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?"

domingo, 8 de julho de 2007

MUDANÇAS

Muitas vezes a vida nos oferece algumas oportunidades de escolhas para que possamos escolher entre mudar ou não de emprego, reagir ou continuar como vitima em uma determinada situação, sair de uma situação, trabalho ou relacionamento que já não te faz bem , mas que vc insiste em manter.
Bom, andei fazendo algumas mudanças na minha vida, a primeira delas foi mudar de emprego, mas percebi o quanto somos resistentes á mudanças sejam elas boas ou ruins.

Chorei muito quando fui pedir demissão, afinal fiquei dois anos trabalhando em um lugar em que aprendi boa parte do que sei hoje como profissional, me apeguei muito as pessoas de lá, que hoje passaram de colegas de trabalho para grandes amigos, cada um com seu jeito me ensinou muita coisa, algumas vezes mesmo sem perceber.

Mas, achei melhor mudar e ir em busca de novos desafios e novas conquistas e mais tarde poder olhar para trás e ver que essa foi a melhor escolha.

Na minha vida amorosa devo dizer que ando com uma dor de cotovelo do cão rsss, Mr. X partiu o meu coração de verdade, mas não bastando... está namorando... OK sei que essa é a ordem natural da vida e que temos que nos acostumar e que daqui a algum tempo estarei desejando do fundo do meu coração que ele seja feliz com a Sr.C ou com quem quer que seja, mas por enquanto sou ré confessa: Estou magoada sim... Me conhecendo bem como me conheço sei que logo logo vou aceitar mais essa mudança na minha vida e aceitar o fato simples e claro de que ele não quis ficar comigo pelo simples fato de não gostar ou não querer ( Já evolui um pouco... não fico mais tentando achar desculpas para um foto consumado) rssssssssss . Mas, queridos leitores é duro admitir, mas é a mais pura verdade...

Se lembram daquela música do Kid Abelha: Por que não eu? Ah, ah, ah... Por que não eu.... Pois é me perguntei várias vezes kkkkkkk.

Mas resolvi mudar e dar a volta por cima sabe aquele ditado: “ quem ri por último ri melhor”, espero que em breve possa voltar a escrever sobre o meu novo amor e de como o meu coração está feliz de novo...

Essa “amargura” não está me fazendo nada bem e até a minha tireóide andou reclamando... ela está completamente descontrolada mas já estou cuidando dela e fazendo uma faxina no meus sentimentos...

Aguardem as cenas dos próximos capítulos kkkkk

Abaixo um textinho do meu querido Xico Sá... Me identifiquei tanto... kkk
O comovente choro das mulheresXico Sá
Uma das grandes vantagens das mulheres sobre nós é a coragem de chorar em público. Se o choro vem, as mulheres não congelam as lágrimas, como os machos, não guardam as lágrimas para depois, como sempre adiamos, não levam as lágrimas para chorar em casa.
Pior ainda é o homem que nunca chora. Além de fazer mal ao coração, esse tipo não merece confiança.
As mulheres não, falo da maioria das moças, desabam em qualquer canto e hora. Se estão mal de amor, choram na firma mesmo, no trânsito, no metrô.
Como invejo as lágrimas sinceras das fêmeas.
Quantas vezes a gente não se preserva, por fraqueza, enquanto as lágrimas, em cachoeira, batem forte no peito machista, de pedra. Como invejo as amigas que misturam, sim, o trabalho com o drama. Desconfio da frieza profissional, das icebergs de tailleur, que imitam os piores homens e guardam tudo para molhar o travesseiro. Essa é uma parte triste da emancipação feminina. Ora, as mulheres podem ser infinitamente poderosas, administrarem plataformas de petróleo nos mares, e chorarem do mesmo jeito de sempre.
Lindas e comoventes as mulheres que choram, desavergonhadamente, em público. São antes de tudo umas fortes. Tristes dos que estranham ou ficam envergonhados com o mais verdadeiro dos choros.
Acabei de testemunhar uma dessas lindas moças, chorava no metrô da avenida Paulista. Por que chorava aquela moça? Sempre acho que é ou deveria ser por amor, que me perdoem a pobre rima antiga com a dor.
Uma grande dívida nunca nos põe a chorar de verdade. Por um familiar, choramos diferente. Desemprego? Não. Senão teríamos um Tietê, um Capibaribe, um São Francisco a cada segunda-feira, cada esquina, lágrimas que manchariam a tinta dos classificados e seus quadradinhos lógicos, portas na cara, quem sabe da próxima, projeto ilusões perdidas...
A moça não escondia os soluços do choro. Terá discutido a relação à boca da estação Paraíso? Veste roupa de trabalho sério, e chora. Daqui a pouco estará sentada na sua cadeira de secretária, a serviço da grana “que ergue e destrói coisas belas”. Teria levado um pé-na-bunda? Teria visto o casamento pelo binóculo do sr. Nelson Rodrigues? Perdoa-me por me traíres?
A moça que chorava no metrô sabia que o amor é como as estações da avenida Paulista, começa no Paraíso e termina na Consolação. Como invejo as mulheres que não têm lugar e hora para derramar suas lágrimas. Triste dos que acham que não levam a sério, que tratam como sintomas da TPM e chiliques. Ora, até mesmo os choros de varejo, não importam as causas, são comoventes. Chorar engrandece. Fazer amor depois de lágrimas, então, é sentir o sal da vida sobre os olhos, romanticamente, sem medo de ser ridículos, bregas, e amar de verdade.
Coitados dos que escondem suas lágrimas.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Pensamento do Dia

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Ser Tribalista ou não ser? Eis a questão...

Será que chegou a hora de deixar de ser "Tribalista"?
Recebi o texto abaixo de uma amiga hoje, já conhecia e me lembro que quando li a primeira vez pensei: Quero mais é continuar a ser de ninguém... rsss
Hoje pensei: Caracas estou querendo deixar de ser Tribalista e andar de mãos dadas, ir ao cinema ou assistir dvd comendo pipoca e até dormir de conchinha... (Apesar de não gostar muito de dormir junto) Quero tentar... estou bem disposta... mas com alguém que esteja na mesma pegada, caso contrário prefiro ficar como estou, solita...
Afinal é brochante vc estar toda cheia de amor pra dar e ser chamada de "grude" por exemplo, mas... são fases da vida...

SER DE NINGUÉM Arnaldo Jabor

Na hora de cantar, todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito douísque com energético e dos beijos descompromissados, Os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a Cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de Sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc.Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar".. Somos livres para optarmos!E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

MUDAR

Clarice Lispector
" Mude, mas comece devagar,porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira,no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.Quando sair,procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho,ande por outras ruas,calmamente,observando com atençãoos lugares por ondevocê passa.Tome outros ônibus.Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os teus sapatos velhos.Procure andar descalço alguns dias.Tire uma tarde inteirapara passear livremente na praia,ou no parque,e ouvir o canto dos passarinhos.Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetase portas com a mão esquerda.Durma no outro lado da cama...depois, procure dormir em outras camas.Assista a outros programas de tv,compre outros jornais...leia outros livros, Viva outros romances.Não faça do hábito um estilo de vida.Ame a novidade.Durma mais tarde.Durma mais cedo.Aprenda uma palavra nova por dianuma outra língua.Corrija a postura. Coma um pouco menos,escolha comidas diferentes,novos temperos, novas cores,novas delícias.Tente o novo todo dia.o novo lado,o novo método,o novo sabor,o novo jeito,o novo prazer, o novo amor.a nova vida.Tente.Busque novos amigos.Tente novos amores.Faça novas relações.Almoce em outros locais,vá a outros restaurantes,tome outro tipo de bebidacompre pão em outra padaria. Almoce mais cedo,jante mais tarde ou vice-versa.Escolha outro mercado...outra marca de sabonete,outro creme dental...tome banho em novos horários.Use canetas de outras cores.Vá passear em outros lugares. Ame muito,cada vez mais,de modos diferentes.Troque de bolsa,de carteira,de malas,troque de carro,compre novos óculos,escreva outras poesias.Jogue os velhos relógios, quebre delicadamenteesses horrorosos despertadores.Vá a outros cinemas,outros cabeleireiros,outros teatros,visite novos museus.Se você não encontrar razões para ser livre,invente-as. Seja criativo.E aproveite para fazer uma viagemdespretensiosa,longa, se possível sem destino.Experimente coisas novas.Troque novamente.Mude, de novo.Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhorese coisas piores do que as já conhecidas,mas não é isso o que importa.O mais importante é a mudança,o movimento,o dinamismo,a energia.
Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver:a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!! "

domingo, 17 de junho de 2007

Intuição

É engraçado como muitas vezes não damos muita atenção a tão famosa “Intuição”, digam o que quiserem, mas todo mundo tem a sua... Em determinadas fases da vida ela está bem aguçada já em outros... nem tanto.
Intuição é a aquela voz que cutuca e te indica o melhor caminho ou que te deixa com a pulga atrás da orelha em relação a determinadas pessoas ou situações.
ou
Segundo Houaiss: Faculdade de perceber, discernir ou pressentir coisas, independentemente de raciocínio ou de análise.

Bom, chamem do que quiser o que eu sei é que a minha é boa e quando ela me indica a respeito de alguma situação ou alguma pessoa, é batata posso esperar!
Hoje mais uma vez constatei, há algum tempo minha intuição me avisou em relação a um relacionamento de uma pessoa x com uma outra, em que a x dizia que era loucura da minha cabeça e bla bla bla... E não é que agora os “amigos” são mais que amigos e até viajam juntos? Pois é... É por essas e outras que a cada dia mais valorizo minha intuição e odeio hipocrisia...
Por que simplesmente não falar a verdade? Mas não é muito mais fácil mentir e esconder ou fingir...
Mas tudo na vida é aprendizado... E ao invés de guardar mágoa, ressentimentos ou murmurar? De verdade e de coração aberto desejo que o relacionamento do Sr.X dê muito certo e sejam felizes para sempre...
E mais uma vez valeu a lição... Sabe o que eu vou fazer agora? Seguir em frente sem olhar para trás! Afinal a fila anda!!! e se não anda a gente empurra e toca pra frente...
É pra frente que se anda... Quem vive de passado é MUSEU!!
O que passou passou...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Ontem fiquei pensando e cheguei à conclusão de que algumas paixões na nossa vida são como um vicio...
Primeiro vem a revolta, a raiva e depois a abstinência forte, vc chora, tem overdose de chocolate e pensa em vingança... toma um porre com as amigas, onde vc só lista os defeitos dele é claro...fala mal... você está amarga!!! precisa desabafar Rsss e acha que nunca vai passar... É claro que com a idade e a experiência adquirida sabemos que passa!! Mas essa considero a fase 1 talvez a mais difícil, é aquela que vc tem que aceitar que acabou, mas é tão difícillllll.
Depois vem a fase das lembranças boas e ruins dependendo de como o relacionamento terminou... considero a fase 2, onde a raiva já passou e vc separa o joio do trigo e tenta enxergar quais foram os seus próprios erros.
E por fim a fase 3, que considero tão ruim como a primeira, já que é quando vc acha que acabou e que vc não sente mais nada, se sente segura e parte até para novas conquistas e de repente um scrap no Orkut (que eu particularmente considero "A Imagem da Besta") de alguma mulher ou de algum homem, te deixa com a pulga atrás da orelha e apesar de pensar “não tenho mais nada com isso” , vc fica sim com uma pontinha de ciúmes e pensa :“ É natural”...
Nessa fase também, homens e mulheres usam o jargão “podemos ser só amigos”, afinal somos adultos e podemos conviver bem com isso... MENTIRAAAAAAA, pelo menos na minha opinião... uma conhecida minha já dizia “Como chamar de meu amigo, quem vc quer chamar de meu amor” ( Pelo menos até vc estar completamente curada (o)).
Esse final de semana não sei, se pelo vinho que tomei ou pela TPM estar chegando ou simplesmente por ainda não ter conseguido colocar um ponto final na minha história (o que acredito ser a verdade), assisti aquela comédia romântica “ Como perder um homem em 10 dias” e o final é tão bonitinho... Admito tive uma bela crise... chorei até dormir e pensei em muitas coisas....
Por que o amor não pode ser mais fácil? Maria que gosta de João, que gosta de Maria... final feliz e pronto... Mas não! tem que ser: Maria que gosta de João, que gosta de Joana, que gosta de Joaquim e assim vai...
Mas foi bom cheguei a conclusão de que cansei de paixões avassaladoras, cansei de sexo casual ( não que não considere essa pratica deliciosa...), mas não quero mais pra mim...
Quero um amor de verdade, calmo, tranqüilo, quero um abraço em que eu me sinta protegida e segura...È claro que não posso querer mudar a minha personalidade e achar que virei "Poliana", claro que não... mas estou disposta a fazer as coisas darem certo... de verdade... sem boicotes, sem joguinhos, simplesmente de coração aberto, esperando o "cara certo" aparecer e simplesmente estar na mesma sintonia que eu e ai vamos tentar de novo e fazer de tudo para dar certo e se não der... não era o cara certo... rsss

terça-feira, 29 de maio de 2007

Deveriamos pensar nisso todos os dias...

Nasceste no lar que precisavas,
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou,
De acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes
Com as tuas necessidades, nem mais,
nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste
espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste,
com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino esta constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais,
buscas, expulsas, modificas tudo aquilo
que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes....
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência
Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança esta em tuas mãos.
Reprograma tua meta,
Busca o bem e viveras melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e
fazer um novo começo,
Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim.

"ESTAREI COM DEUS, PASSAREI PELA TUA CASA E LEVAREI TODOS OS TEUS PROBLEMAS". CHICO XAVIER.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Meu niver

Eu adoro fazer aniversário, desde criança, adoro cantar parabéns e apagar as velinhas, igual á uma criança rsss.
Quando era criança adorava os presentes,não que hoje não goste, gosto sim, mas hoje valorizo mais um telefonema, um e-mail e até um scrap no orkut, que os presentes...
A cada dia percebo que tenho grandes e queridos amigos que me ajudam em momentos difíceis e que dividem momentos gostosos comigo.
Esse ano para comemorar os meus 28 anos só fiz um happy hour , mas foi tão gostoso...apesar do frio... com pessoas queridas... senti falta de algumas, mas que não puderam ir realmente!!!

Pessoas que nem imaginava que lembrariam me deixaram um scrap no orkut, coisas da vida moderna rsss.

A cada dia que passa tenho mais certeza de que sou abençoada!! tenho uma família maravilhosa, tenho amigos queridos e verdadeiros, tenho um fé que só cresce a cada dia e me faz perceber o quanto Deus me ama.


Algumas fotinhos do PIC PIC




quinta-feira, 24 de maio de 2007

Mulher de quase trinta...

É engraçado, como a vida passa rápido, parece que foi ontem que fiz 15 anos...
Me lembro como se fosse hoje, era o patinho feio da turma a mais gordinha rss, mas a minha festa foi muito legal teve até DJ...
Com quase 16 passei de patinho feio a cisne rsss e ai veio o primeiro namorado, o primeiro beijo... é comecei tarde se comparado com as adolescentes de hoje...Fase Bon Jovi e minha música predileta “Always”(depois do meu primeiro fora) rssss.
Aos 21 foi o auge! Entrei na faculdade de jornalismo, depois de ter dado com os burros na’agua em Comércio Exterior, mas valeu a pena, tudo bem que eu podia estar ganhando muito mais e viajando o mundo, mas a vida é assim, temos que fazer escolhas... e não me arrependo não, na faculdade fiz os meus melhores amigos, pessoas que sei sempre farão parte da minha vida....
E muita coisa aconteceu dos 21 aos 27 coisas muito boas, outras nem tanto, mas o mais importante, é que vivi tudo intensamente e sempre me arrependi por ter feito e não por ter deixado de fazer...
Aos 21 depois de uma paixão avassaladora achei que não ia passar...Mas o tempo senhor de tudo fez a ferida cicatrizar... O que aos 27 eu já sabia que esperar e dar tempo ao tempo é o melhor remédio... e pasmem quando menos esperei,percebi que já não doía mais, cicatrizou e não restaram mágoas, rancor ou ressentimentos preferi guardar os momentos bons e deletar os ruins... O que pra mim, fez um bem danado...
Hoje a apenas uma hora de completar 28, sinto que consegui me libertar de sentimentos, amizades e hábitos que já não serviam mais e estou tentando com muito afinco me tornar mais responsável em relação a dinheiro e ao consumismo...Afinal com quase trinta preciso começar a pensar em conquistar meus bens... rssss assim que me livrar das dívidas adquiridas...
Bom é isso... Me sinto tão feliz aos quase trinta! E sei que ainda tenho muito a aprender em todos os aspectos da minha vida.
Já fiz a lista de desejos a serem realizados dos 28 aos 30 rssss...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Pensamento do Dia

Gostaria que todos conseguissem pensar assim e seguir em frente sempre... Sei que muitas vezes é mais fácil desistir, mas o melhor da batalha é o bom combate...

Recolha as pedras no seu caminho, faça uma escada e suba. Mas não derrube seus inimigos para que eles possam assistir de pé o seu sucesso!

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Domingo no zoo

Bom, depois da ressaca de sexta ter passado...
Domingo no zoológico com a família, Papai, Mamãe, irmã mais nova, cunhado e sobrinho.
Foi divertido, mas devo confessar que depois de horas vendo vários bichinhos, estava entediada...
Valeu pelo meu bebê (Pedro) e meu pai que se divertiram demais...
Fim de semana gostoso como a vida deve ser...






NIVER SIL


Abaixo alguns dos convidados...







Operação Cupido(eu tentei)

A festa foi ótima como sempre... pessoas bem legais...

Depois de algumas taças de vinho, contei com a super ajuda da SIL, Ana e Uli e Marssa e Rodrigo...

Mais um aniversário da melhor amiga mais fofa do mundo...



























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































terça-feira, 1 de maio de 2007

Carta aos Homens

CARTA AOS HOMENS- Texto de Xico Sá
Achei o máximo...
Amigas, peço licença para me dirigir aos meus semelhantes, esses seres que andam tão assustados. Como esta sábia revista é dedicada a vocês, mostrem aos seus homens, namorados, pretendentes, mostrem, recortem, larguem a página aberta no banheiro, no computador, colem na geladeira deles, na TV, mas não antes do futebol, pois há o risco de ser ignorada, enfim, me ajudem para que esta minha carta aberta aos rapazes chegue, de alguma forma, ao alcance deles.
Amigos, chega dessa pasmaceira, dessa covardia amorosa. Se vocês soubessem o que elas andam falando por aí. Horrores a nosso respeito. O pior é que elas estão cobertas de razão. Caros, estamos sendo tachados de frouxos, rascunhos de homens. Prestem atenção, amigos, faz sentido o que elas dizem. A maioria de nós corre delas ao menor sinal de vínculo, logo após a primeira manhã de sexo. O que é isso companheiros? Fugir à melhor das lutas? Nem vou falar na falta de educação do dia seguinte. Ora, mandem nem que seja uma mensagem, seus preguiçosos, ordinários. O que custa um telefonema, queiramos ou não dar seqüência à história?! Ora, depois daquela intimidade toda! Um mimo em palavra: "Foi ótimo, noite linda!". Amigos, erramos ao pensar que elas querem urgentemente nos levar ao altar. Erramos feio. Muitas vezes, elas desejam só o que nós também desejamos: uma bela noitada! Por que exigimos segunda chance apenas quando brochamos? Ah, eis o ego do macho ferido.
Sim, muitas querem uma história com firmes laços afetivos. Primeiro que esse desejo é legítimo, lindo, está longe de ser crime, e pode ser ótimo para todos nós. Enquanto permanecermos com esse medinho, nesse eterno "estou confuso", perdemos chances de viver, no mínimo, bons momentos de felicidade. Afinal, para que estamos sobre a terra, só para morrer de trabalhar e enfartar com a final do campeonato? Amigos, mulher não é para ser temida, é para nos dar o melhor da existência, para completar-nos, nada melhor do que a lição franciscana do "é dando que se recebe". Amigos, até sexo pra valer, aquele de arrepiar, só vem com a intimidade, os segredos da alcova, o desejo forte que impede até o ato que mais odiamos, a velha brochada da qual tratamos aí ao lado. Caros, esqueçamos até mesmo o temor de decepcioná-las, no caso dos exemplares mais generosos do nosso clube. Não há decepção maior no mundo do que a nossa covardia em fugir do que poderia ser os bons momentos da felicidade possível, repito, não a felicidade utópica, mas a felicidade que escapa covardemente entre nossos dedos a toda hora. Acordemos, amigos homens!
Rapazes, o amor acaba, em qualquer esquina ou estação, depois do teatro, a qualquer momento, como dizia Paulo Mendes Campos, mas ter medo de enfrentá-lo é ir desta para outra mascando o jiló do desprazer e da falta de apetite na vida. Falta de vergonha na cara e de se permitir ser chamado de homem para valer e de verdade.

Xico Sá é colunista de UMA e autor de Divina Comédia da Fama - purgatório, paraíso e inferno de quem sonha ser uma celebridade (Editora Objetiiva)

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Semana particularmente pesada...
Mas Por outro lado com fatos agradáveis, reencontrei um velho amigo, o Márcio, bem querido... Não nos falávamos há anos... Ele já vai até casar... rsss
Esse ano particularmente estou reencontrando amigos queridos e que por motivos diversos acabamos nos afastando Renatinha, Rô, Alê, Déia .
Tem os amigos que vemos sempre e que fazemos questão de não perder o vínculo por que compartilharam diversos momentos e acompanham nosso crescimento Sil, Ana e Uli, Paty(irmã).
E tem os amigos que chegam e ficam como: o Beto e a Caru, Filipe, Nati, Raks, Lú , Guria e a Bê.
Esqueci da minha prima querida Rita que depois que eu cresci rsss viramos grandes amigas e confidentes uma da outra.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

"Os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados"... Jesus Cristo
Sempre que passo por alguma situção difícil me lembro dessas palavras.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

BOM DIA...
Reprimir algo é um crime, pois mutila a alma. Ao reprimir, dá-se mais atenção ao medo do que ao amor, e pecado é exatamente isso.
Quem tem medo não comete engano, mas também nada faz.
E é por isso que o meu lema é: não se reprima... rsss já diriam os menudos...

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Lições de vida

Uma vez estava passando por um período muito difícil da minha vida e alguém me disse: “Nunca se esqueça de que a vida é como a roda de um moinho, um dia você está lá em cima e no outro pode estar lá em baixo. Quando estiver em cima, não esqueça que um dia esteve em baixo e quando estiver em baixo se lembre de como é bom estar em cima e lute para chegar lá”.
Desde então, nunca me esqueci disso e hoje Deus me mostrou que realmente a vida é como a roda de um moinho.
Hoje soube de duas situações que me provaram isso e mais uma vez tive a certeza de que o mundo é redondo mesmo... e que podem demorar anos, meses ou semanas, mas na hora certa você recebe as respostas que tanto esperou.
Muitas vezes choramos e nos perguntamos porque determinada situação não aconteceu como queríamos, como achávamos que tinha que acontecer ou como havíamos planejado e um belo dia a resposta chega e você percebe que foi melhor assim.

Minha avó tinha um ditado muito certo:
“Ninguém se julgue feliz por estar em bom estado, porque vem o reverso da medalha e faz do feliz, um infeliz desgraçado”, vovó Lili.

Moral da história:
Não se julgue insubstituível, há sempre alguém que sabe mais que você.
Não se ache melhor que ninguém somos todos iguais.
Não acredite que sua verdade é absoluta, não existem verdades absolutas.

Insuportável

Essa é a única palavra que define como estou desde sábado... INSUPORTÁVEL!!!
Esse mês a TPM está de matar...
Alguns adjetivos para me descrever:
Impaciente
Intolerante
Implicante
Chata mesmo...
Além de sensível ao extremo, choro assistindo propaganda.
Nem eu estou me aguentando...
Dou graças à Deus por não ter namorado, por que depois desse fim de semana, com certeza ele teria me largado... rsss
Vou me esforçar para ficar melhor... mas está foda!!!
Ainda bem que é só uma vez por mês...

domingo, 22 de abril de 2007

Happy Hour com maridos

Sexta animada...
Depois de uma semana de muito trabalho, nada melhor do que sentar em uma mesa de bar com os colegas de trabalho e tomar bastante cerveja...
Melhor ainda, quando os maridos divertidos das amigas Ana paula e Carolina resolvem vir também, Ulysses e Beto trocaram figurinhas e divertiram muito a mulherada.
Quem chegou quase no fim também, foi o namoradinho da Dani, que se chama Murilo, mas que eu com a minha ótima memória para nomes... sempre chamo de tudo, menos Murilo.
Guria depois do segundo chopp, é sempre diversão garantida...
Semana "Tudo bem" muito bem finalizada...

Salve uma palavra antes que morra no senso comum

A minha amiga do coração Silvia, me mandou este texto, em um dia em que ele caiu com uma luva...
artigo publicado na revista VIDA SIMPLES.

Ecologia poética
Salve uma palavra antes que morra no senso comum

por Fabrício Carpinejar

No interior do Brasil, a expressão "dois dedos de prosa" – geralmente acompanhada de um dedinho de cana, uma xícara de café ou um trago de mate com água pelando – significa aquela conversa franca, desarmada, informal. Papo sincero de amigo. Conversê. Nessa troca de idéias aparece muita coisa, diz-se muita verdade, chega-se mais próximo da essência das coisas. Como nesta nova seção da VIDA SIMPLES. Aqui o ponto de vista de alguém – um poeta como Carpinejar (com quem temos a
alegria de iniciar esse papo), uma educadora, um monge, um filósofo e assim por diante – é exposto com franqueza, simplicidade, clareza e inteligência. Boa prosa.

Como pensar em ecologia sem incluir a preservação das palavras? E com a ecologia das palavras, quem se preocupa? E os lençóis subterrâneos da fala que são contaminados pelo sarcasmo, pelo cinismo e, sobretudo, pela indiferença, quem cuida de sua prevenção?

Corremos o risco de perder a natureza quando deixamos que a linguagem fale em nosso lugar e não mais falamos por ela. Quando somente transferimos a responsabilidade de dizer e de nomear pelo ato de repetir.

Não é o comportamento que condiciona as palavras. Mas as palavras formam o comportamento. As palavras são o comportamento. Somos palavras.

De que adianta separar o lixo seco do orgânico se não separamos a linguagem orgânica da seca em nossa rotina? E a coleta seletiva da língua, onde fica?

De que vale cuidar do desperdício de água se não cuidamos também do desperdício de linguagem?

Não será igualmente criminoso usar palavras desnecessárias, sem entusiasmo, sem força de vontade, sem alegria? Por descaso ou por descanso. Para ser compreendido e não pensar. Pela pressa, sendo que a pressa aumenta o esquecimento, inibe a lembrança.

Por dia, quantas palavras são reproduzidas desprovidas de sentido? Lançadas na terra como latas de alumínio, que demoram mais de um século para se decompor.

Um lugar-comum é tão poluente quanto pilhas e baterias do celular. Expressões que nada têm de pessoal, que não permitem a descoberta ou o deslumbramento, estancam a circulação do afeto. Cessam o gosto de falar. Interrompem o gosto de ouvir.

Quantos fósseis são abandonados no cotidiano do idioma, quantos verbetes esperam sua chance de tratamento no aterro sanitário do dicionário? Será que não viramos fantasmas se portamos uma língua morta?

Poderíamos latir, poderíamos miar, poderíamos uivar, tudo isso é ainda comunicação. Mas falar não é somente comunicar, é se comprometer com a
direção do timbre.

Palavras são de vidro. Palavras são de metal. Palavras são de plástico. Palavras são de papel. Não se pode colocar todas com o mesmo peso, no mesmo destino. É preciso discerni-las. Uma criança me entenderia.

Tolerância, por exemplo, é de vidro. Reboa por dentro. Faz volume antes de acabar. Não pode ser jogada fora, pois levará milhões de anos antes de virar pó.

Respeito, por sua vez, é de metal. Inteiriça. Difícil de quebrar.
Fala-se de uma única vez como uma lâmina.

Condescendência é de papel, o acento vai lá no fim, suscetível aos rasgos da tesoura e das mãos ansiosas. Soletre, veja, imagine. Deite a voz, não fique de pé.

Assim como reciclamos o lixo, as palavras dependem da renovação. Mudar a ordem, produzir significação, exercitar gentilezas, valorizar detalhes. Não deixá-las paradas, desacompanhadas, viúvas.

Talvez seja daí minha incompetência em me desfazer do arranjo de rosas que recebo no aniversário de casamento. Desligo as pétalas do miolo e espalho as rosas nos livros. Fazem sombras para as frases.

É poluente dizer ao filho "nem se parece comigo" para ameaçá-lo. Uma convenção a que a maioria recorre para se livrar do cuidado, sacrificando um momento de particularizar sua experiência paterna e materna. Por que não procurar afirmar "você se parece comigo mesmo quando não se parece"?

Ou há algo mais solitário e desolador que resmungar "eu avisei" para sua mulher quando ela erra? Mostra que já a estava condenando antes de qualquer resultado e atitude. Em vez de cobrar, por que não compreender? Transformar o lixo hospitalar (sim, corta-se um braço dela com essa sentença) em adubo de frutas com a simples concisão de "a gente resolve".

São períodos postiços, artificiais, fingidos, que corrompem a respiração. Ao encontrar um colega antigo, logo nos despedimos: "Vamos nos ligar?" Isso significa o contrário, não vou telefonar nos próximos três anos.

Até que ponto não se empregam palavras para se esconder o que se quer, para disfarçar, para ocultar? Quantos sinônimos para não dizer absolutamente nada. Para se afastar do que realmente se desejava declarar. Foge-se da palavra certa pela palavra aproximada. Uma palavra vizinha não mora no mesmo lugar da verdade.

Palavra é sentimento. Mas – cuidado – as palavras não podem sentir sozinhas.
Palavra é poder. Ao esgotar seu significado, esgotamos nossa permanência.

Artigo da Vip

THE BREAK-UP

QUANDO O QUE VAI ACABAR CONTINUA, SABE COMO É?

Este mês: JÚLIA FERNANDES

Confesso: é nome de um filme, mas acontece com todo mundo. Quem ainda não assistiu ao filme, com Vince Vaughn e Jennifer Aniston, ele fala sobre o fim de um caso. A parte mais comovente acontece quase no final, que por sinal não é nada feliz, mas compreensível. Ela chorando fala para ele tudo o que ele poderia ter feito, tudo o que ele poderia ter ajudado, tudo o que ele poderia ter ouvido, tudo aquilo que os salvaria. Mas era tarde demais, o fim era iminente.
Quem nunca terminou um relacionamento? Quem nunca quis que fosse para sempre? Quem nunca ficou sem entender por que ele ou ela se foi? Entender o fim de um relacionamento seis meses depois é tempo demais para alguns, mas às vezes totalmente necessário para outros. Bater o dedo no pé do sofá dói, mas, ouvir depois de meses coisas que você queria ouvir uma semana após o rompimento, dói mais ainda.
Então nos encontramos, não por acaso, de propósito. Na casa que já havia sido palco da glória e da perdição. Já havíamos passado meses ali, rindo às gargalhadas, chorando as dores do mundo, entornando muitos goles de saquê e ouvindo música alta que fazia a trilha sonora da nossa vida amorosa. Hoje, passamos o dia todo falando da vida, da nossa, não alheia como costumavam fazer com a gente.
E, assim, o dia se fez noite. Cabia a mim decidir se iria ou não sair com ele. Apreensiva e sem saber se aquilo podia acabar mal simplesmente fui. Qual não foi a minha surpresa quando ele começou a falar do término do relacionamento. Com desenvoltura e como nunca havia feito antes apesar das minhas frustradas tentativas. Talvez das outras vezes não fosse a hora certa. Nunca sabemos qual é a hora certa até que ela chega. Passamos miseráveis meses tentando entender o incompreensível e, de repente, tudo se torna claro.
AS CONFISSÕES A confissão de que ele havia visto o filme sozinho para entender a parte que eu sempre quis lhe explicar me comoveu, muito. Por que depois de já passado tanto tempo? Mas valeu. Todas as lágrimas derramadas valeram. A confissão de que eu havia ficado meses sentindo a falta dele o comoveu. Logo após o término de um relacionamento, a única pessoa que não pode nos ajudar é ironicamente aquela que a gente mais quer que nos ajude.
Eu nunca mais serei capaz de me esquecer dessas confissões tardias, dos sorrisos, da vontade louca de fazer o tempo voltar atrás e fazer com que nos encontrássemos em uma zona de conforto, aquele lugar seguro onde ainda pudéssemos ser salvos pelos erros, tanto os nossos como os dos outros, voltar para onde pudéssemos entender o que era falado, voltar para a época onde éramos genuinamente felizes. Era uma inútil tentativa, mas, se pudéssemos, voltaríamos ao tempo antes de termos nos perdido de nós mesmos.
O tempo ajudou, o tempo foi cruel, um verdadeiro paradoxo. Seguimos em frente, andando de mãos dadas pela rua e acreditando que a vida ainda nos deve explicações por que as coisas acontecem assim e não assado. E a noite se fez dia... ::

A Alma do outro

A alma do outro
"No relacionamento amoroso, familiar ou amigoacredito que partilhar a vida com alguém quevalha a pena é enriquecê-la. Permanecer numarelação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida"
"A alma do outro é uma floresta escura", disse o poeta Rainer Maria Rilke, meu único autor de cabeceira.
A vida vai nos ensinando quanto isso é verdade. Pais e filhos, irmãos, amigos e amantes podem conviver décadas a fio, podem ter uma relação intensa, podem se divertir juntos e sofrer juntos, ter gostos parecidos ou complementares, ser interessantes uns para os outros, superar grandes conflitos – mas persiste o lado avesso, o atrás da máscara, que nunca se expõe nem se dissipa.
Nem todos os mal-entendidos, mágoas e brigas se dão porque somos maus, mas por problemas de comunicação. Porque até a morte nos conheceremos pouco, porque não sabemos como agir. Se nem sei direito quem sou, como conhecer melhor o outro, meu pai, meu filho, meu parceiro, meu amigo – e como agir direito?
Neste momento escrevo, como já disse, um livro sobre o silêncio. Começou como um ensaio na linha de O Rio do Meio e Perdas & Ganhos, mas acabou se tornando um romance, em pleno processo de elaboração. Isso me faz refletir mais agudamente sobre a questão da comunicação e sua por vezes dramática dificuldade, pois nos mal-entendidos reside muito sofrimento desnecessário.
Amor e amizade transitam entre esses dois "eus" que se relacionam em harmonia e conflito: afeto, generosidade, atenção, cuidados, desejo de partilhamento ou de vida em comum, vontade de fazer e ser um bem, e de obter do outro o que para a gente é um bem, o complicado respeito ao espaço do outro, formam um campo de batalha e uma ponte. Pontes podem ser precárias, estradas têm buracos, caminhos escondem armadilhas inconscientes que preparamos para nossos próprios passos em direção do outro. O que está mergulhado no inconsciente é nosso maior tesouro e o mais insidioso perigo.
Pensar sobre a incomunicabilidade ou esse espaço dela em todos os relacionamentos significa pensar no silêncio: a palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta e era hora de falar; o silêncio que não foi erguido no momento exato – e era o momento de calar.
Mas, como escrevi várias vezes, a gente não sabia. É a incomunicabilidade, não por maldade ou jogo de poder, mas por alienação ou simples impossibilidade. Anos depois poderá vir a cobrança: por que naquela hora você não disse isso? Ou: por que naquele momento você disse aquilo?
Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto. Na relação defrontam-se personalidades, dialogam neuroses, esgrimem sonhos e reina o desejo de manipular disfarçado de delicadeza, necessidade ou até carinho. Difícil? Difícil sem dúvida, mas sem essa viagem emocional a existência é um deserto sem miragens.
No relacionamento amoroso, familiar ou amigo acredito que partilhar a vida com alguém que valha a pena é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida. Entre fixar e romper, o conflito e o medo do erro.
Somos todos pobres humanos, somos todos frágeis e aflitos, todos precisamos amar e ser amados, mas às vezes laços inconscientes enredam nossos passos e fecham nosso coração. A balança tem de ser acionada: prevalecem conflitos ásperos e a hostilidade, ou a ternura e aqueles conflitos que ajudam a crescer e amar melhor, a se conhecer melhor e melhor enxergar o outro? O olhar precisa ser atento: mais coisas negativas ou mais gestos positivos? Mais alegria ou mais sofrimento? Mais esperança ou mais resignação?
Cabe a cada um de nós decidir, e isso exige auto-exame, avaliação. Posso dizer que sempre vale a pena, sobretudo vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo um desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos, amigos ou amantes, continua a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pode – o que lhe é possível fazer.
Em certas fases, é preciso matar a cada dia um leão; em outras, estamos num oásis. Não há receitas a não ser abertura, sinceridade, humildade que não é rebaixamento. Além do amor, naturalmente, mas esse às vezes é um luxo, como a alegria, que poucos se permitem.
Seja como for, com alguma sorte e boa vontade a alma do outro pode também ser a doce fonte da vida.

Lya Luft é escritora