domingo, 8 de julho de 2007

MUDANÇAS

Muitas vezes a vida nos oferece algumas oportunidades de escolhas para que possamos escolher entre mudar ou não de emprego, reagir ou continuar como vitima em uma determinada situação, sair de uma situação, trabalho ou relacionamento que já não te faz bem , mas que vc insiste em manter.
Bom, andei fazendo algumas mudanças na minha vida, a primeira delas foi mudar de emprego, mas percebi o quanto somos resistentes á mudanças sejam elas boas ou ruins.

Chorei muito quando fui pedir demissão, afinal fiquei dois anos trabalhando em um lugar em que aprendi boa parte do que sei hoje como profissional, me apeguei muito as pessoas de lá, que hoje passaram de colegas de trabalho para grandes amigos, cada um com seu jeito me ensinou muita coisa, algumas vezes mesmo sem perceber.

Mas, achei melhor mudar e ir em busca de novos desafios e novas conquistas e mais tarde poder olhar para trás e ver que essa foi a melhor escolha.

Na minha vida amorosa devo dizer que ando com uma dor de cotovelo do cão rsss, Mr. X partiu o meu coração de verdade, mas não bastando... está namorando... OK sei que essa é a ordem natural da vida e que temos que nos acostumar e que daqui a algum tempo estarei desejando do fundo do meu coração que ele seja feliz com a Sr.C ou com quem quer que seja, mas por enquanto sou ré confessa: Estou magoada sim... Me conhecendo bem como me conheço sei que logo logo vou aceitar mais essa mudança na minha vida e aceitar o fato simples e claro de que ele não quis ficar comigo pelo simples fato de não gostar ou não querer ( Já evolui um pouco... não fico mais tentando achar desculpas para um foto consumado) rssssssssss . Mas, queridos leitores é duro admitir, mas é a mais pura verdade...

Se lembram daquela música do Kid Abelha: Por que não eu? Ah, ah, ah... Por que não eu.... Pois é me perguntei várias vezes kkkkkkk.

Mas resolvi mudar e dar a volta por cima sabe aquele ditado: “ quem ri por último ri melhor”, espero que em breve possa voltar a escrever sobre o meu novo amor e de como o meu coração está feliz de novo...

Essa “amargura” não está me fazendo nada bem e até a minha tireóide andou reclamando... ela está completamente descontrolada mas já estou cuidando dela e fazendo uma faxina no meus sentimentos...

Aguardem as cenas dos próximos capítulos kkkkk

Abaixo um textinho do meu querido Xico Sá... Me identifiquei tanto... kkk
O comovente choro das mulheresXico Sá
Uma das grandes vantagens das mulheres sobre nós é a coragem de chorar em público. Se o choro vem, as mulheres não congelam as lágrimas, como os machos, não guardam as lágrimas para depois, como sempre adiamos, não levam as lágrimas para chorar em casa.
Pior ainda é o homem que nunca chora. Além de fazer mal ao coração, esse tipo não merece confiança.
As mulheres não, falo da maioria das moças, desabam em qualquer canto e hora. Se estão mal de amor, choram na firma mesmo, no trânsito, no metrô.
Como invejo as lágrimas sinceras das fêmeas.
Quantas vezes a gente não se preserva, por fraqueza, enquanto as lágrimas, em cachoeira, batem forte no peito machista, de pedra. Como invejo as amigas que misturam, sim, o trabalho com o drama. Desconfio da frieza profissional, das icebergs de tailleur, que imitam os piores homens e guardam tudo para molhar o travesseiro. Essa é uma parte triste da emancipação feminina. Ora, as mulheres podem ser infinitamente poderosas, administrarem plataformas de petróleo nos mares, e chorarem do mesmo jeito de sempre.
Lindas e comoventes as mulheres que choram, desavergonhadamente, em público. São antes de tudo umas fortes. Tristes dos que estranham ou ficam envergonhados com o mais verdadeiro dos choros.
Acabei de testemunhar uma dessas lindas moças, chorava no metrô da avenida Paulista. Por que chorava aquela moça? Sempre acho que é ou deveria ser por amor, que me perdoem a pobre rima antiga com a dor.
Uma grande dívida nunca nos põe a chorar de verdade. Por um familiar, choramos diferente. Desemprego? Não. Senão teríamos um Tietê, um Capibaribe, um São Francisco a cada segunda-feira, cada esquina, lágrimas que manchariam a tinta dos classificados e seus quadradinhos lógicos, portas na cara, quem sabe da próxima, projeto ilusões perdidas...
A moça não escondia os soluços do choro. Terá discutido a relação à boca da estação Paraíso? Veste roupa de trabalho sério, e chora. Daqui a pouco estará sentada na sua cadeira de secretária, a serviço da grana “que ergue e destrói coisas belas”. Teria levado um pé-na-bunda? Teria visto o casamento pelo binóculo do sr. Nelson Rodrigues? Perdoa-me por me traíres?
A moça que chorava no metrô sabia que o amor é como as estações da avenida Paulista, começa no Paraíso e termina na Consolação. Como invejo as mulheres que não têm lugar e hora para derramar suas lágrimas. Triste dos que acham que não levam a sério, que tratam como sintomas da TPM e chiliques. Ora, até mesmo os choros de varejo, não importam as causas, são comoventes. Chorar engrandece. Fazer amor depois de lágrimas, então, é sentir o sal da vida sobre os olhos, romanticamente, sem medo de ser ridículos, bregas, e amar de verdade.
Coitados dos que escondem suas lágrimas.