sexta-feira, 27 de abril de 2007

Semana particularmente pesada...
Mas Por outro lado com fatos agradáveis, reencontrei um velho amigo, o Márcio, bem querido... Não nos falávamos há anos... Ele já vai até casar... rsss
Esse ano particularmente estou reencontrando amigos queridos e que por motivos diversos acabamos nos afastando Renatinha, Rô, Alê, Déia .
Tem os amigos que vemos sempre e que fazemos questão de não perder o vínculo por que compartilharam diversos momentos e acompanham nosso crescimento Sil, Ana e Uli, Paty(irmã).
E tem os amigos que chegam e ficam como: o Beto e a Caru, Filipe, Nati, Raks, Lú , Guria e a Bê.
Esqueci da minha prima querida Rita que depois que eu cresci rsss viramos grandes amigas e confidentes uma da outra.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

"Os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados"... Jesus Cristo
Sempre que passo por alguma situção difícil me lembro dessas palavras.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

BOM DIA...
Reprimir algo é um crime, pois mutila a alma. Ao reprimir, dá-se mais atenção ao medo do que ao amor, e pecado é exatamente isso.
Quem tem medo não comete engano, mas também nada faz.
E é por isso que o meu lema é: não se reprima... rsss já diriam os menudos...

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Lições de vida

Uma vez estava passando por um período muito difícil da minha vida e alguém me disse: “Nunca se esqueça de que a vida é como a roda de um moinho, um dia você está lá em cima e no outro pode estar lá em baixo. Quando estiver em cima, não esqueça que um dia esteve em baixo e quando estiver em baixo se lembre de como é bom estar em cima e lute para chegar lá”.
Desde então, nunca me esqueci disso e hoje Deus me mostrou que realmente a vida é como a roda de um moinho.
Hoje soube de duas situações que me provaram isso e mais uma vez tive a certeza de que o mundo é redondo mesmo... e que podem demorar anos, meses ou semanas, mas na hora certa você recebe as respostas que tanto esperou.
Muitas vezes choramos e nos perguntamos porque determinada situação não aconteceu como queríamos, como achávamos que tinha que acontecer ou como havíamos planejado e um belo dia a resposta chega e você percebe que foi melhor assim.

Minha avó tinha um ditado muito certo:
“Ninguém se julgue feliz por estar em bom estado, porque vem o reverso da medalha e faz do feliz, um infeliz desgraçado”, vovó Lili.

Moral da história:
Não se julgue insubstituível, há sempre alguém que sabe mais que você.
Não se ache melhor que ninguém somos todos iguais.
Não acredite que sua verdade é absoluta, não existem verdades absolutas.

Insuportável

Essa é a única palavra que define como estou desde sábado... INSUPORTÁVEL!!!
Esse mês a TPM está de matar...
Alguns adjetivos para me descrever:
Impaciente
Intolerante
Implicante
Chata mesmo...
Além de sensível ao extremo, choro assistindo propaganda.
Nem eu estou me aguentando...
Dou graças à Deus por não ter namorado, por que depois desse fim de semana, com certeza ele teria me largado... rsss
Vou me esforçar para ficar melhor... mas está foda!!!
Ainda bem que é só uma vez por mês...

domingo, 22 de abril de 2007

Happy Hour com maridos

Sexta animada...
Depois de uma semana de muito trabalho, nada melhor do que sentar em uma mesa de bar com os colegas de trabalho e tomar bastante cerveja...
Melhor ainda, quando os maridos divertidos das amigas Ana paula e Carolina resolvem vir também, Ulysses e Beto trocaram figurinhas e divertiram muito a mulherada.
Quem chegou quase no fim também, foi o namoradinho da Dani, que se chama Murilo, mas que eu com a minha ótima memória para nomes... sempre chamo de tudo, menos Murilo.
Guria depois do segundo chopp, é sempre diversão garantida...
Semana "Tudo bem" muito bem finalizada...

Salve uma palavra antes que morra no senso comum

A minha amiga do coração Silvia, me mandou este texto, em um dia em que ele caiu com uma luva...
artigo publicado na revista VIDA SIMPLES.

Ecologia poética
Salve uma palavra antes que morra no senso comum

por Fabrício Carpinejar

No interior do Brasil, a expressão "dois dedos de prosa" – geralmente acompanhada de um dedinho de cana, uma xícara de café ou um trago de mate com água pelando – significa aquela conversa franca, desarmada, informal. Papo sincero de amigo. Conversê. Nessa troca de idéias aparece muita coisa, diz-se muita verdade, chega-se mais próximo da essência das coisas. Como nesta nova seção da VIDA SIMPLES. Aqui o ponto de vista de alguém – um poeta como Carpinejar (com quem temos a
alegria de iniciar esse papo), uma educadora, um monge, um filósofo e assim por diante – é exposto com franqueza, simplicidade, clareza e inteligência. Boa prosa.

Como pensar em ecologia sem incluir a preservação das palavras? E com a ecologia das palavras, quem se preocupa? E os lençóis subterrâneos da fala que são contaminados pelo sarcasmo, pelo cinismo e, sobretudo, pela indiferença, quem cuida de sua prevenção?

Corremos o risco de perder a natureza quando deixamos que a linguagem fale em nosso lugar e não mais falamos por ela. Quando somente transferimos a responsabilidade de dizer e de nomear pelo ato de repetir.

Não é o comportamento que condiciona as palavras. Mas as palavras formam o comportamento. As palavras são o comportamento. Somos palavras.

De que adianta separar o lixo seco do orgânico se não separamos a linguagem orgânica da seca em nossa rotina? E a coleta seletiva da língua, onde fica?

De que vale cuidar do desperdício de água se não cuidamos também do desperdício de linguagem?

Não será igualmente criminoso usar palavras desnecessárias, sem entusiasmo, sem força de vontade, sem alegria? Por descaso ou por descanso. Para ser compreendido e não pensar. Pela pressa, sendo que a pressa aumenta o esquecimento, inibe a lembrança.

Por dia, quantas palavras são reproduzidas desprovidas de sentido? Lançadas na terra como latas de alumínio, que demoram mais de um século para se decompor.

Um lugar-comum é tão poluente quanto pilhas e baterias do celular. Expressões que nada têm de pessoal, que não permitem a descoberta ou o deslumbramento, estancam a circulação do afeto. Cessam o gosto de falar. Interrompem o gosto de ouvir.

Quantos fósseis são abandonados no cotidiano do idioma, quantos verbetes esperam sua chance de tratamento no aterro sanitário do dicionário? Será que não viramos fantasmas se portamos uma língua morta?

Poderíamos latir, poderíamos miar, poderíamos uivar, tudo isso é ainda comunicação. Mas falar não é somente comunicar, é se comprometer com a
direção do timbre.

Palavras são de vidro. Palavras são de metal. Palavras são de plástico. Palavras são de papel. Não se pode colocar todas com o mesmo peso, no mesmo destino. É preciso discerni-las. Uma criança me entenderia.

Tolerância, por exemplo, é de vidro. Reboa por dentro. Faz volume antes de acabar. Não pode ser jogada fora, pois levará milhões de anos antes de virar pó.

Respeito, por sua vez, é de metal. Inteiriça. Difícil de quebrar.
Fala-se de uma única vez como uma lâmina.

Condescendência é de papel, o acento vai lá no fim, suscetível aos rasgos da tesoura e das mãos ansiosas. Soletre, veja, imagine. Deite a voz, não fique de pé.

Assim como reciclamos o lixo, as palavras dependem da renovação. Mudar a ordem, produzir significação, exercitar gentilezas, valorizar detalhes. Não deixá-las paradas, desacompanhadas, viúvas.

Talvez seja daí minha incompetência em me desfazer do arranjo de rosas que recebo no aniversário de casamento. Desligo as pétalas do miolo e espalho as rosas nos livros. Fazem sombras para as frases.

É poluente dizer ao filho "nem se parece comigo" para ameaçá-lo. Uma convenção a que a maioria recorre para se livrar do cuidado, sacrificando um momento de particularizar sua experiência paterna e materna. Por que não procurar afirmar "você se parece comigo mesmo quando não se parece"?

Ou há algo mais solitário e desolador que resmungar "eu avisei" para sua mulher quando ela erra? Mostra que já a estava condenando antes de qualquer resultado e atitude. Em vez de cobrar, por que não compreender? Transformar o lixo hospitalar (sim, corta-se um braço dela com essa sentença) em adubo de frutas com a simples concisão de "a gente resolve".

São períodos postiços, artificiais, fingidos, que corrompem a respiração. Ao encontrar um colega antigo, logo nos despedimos: "Vamos nos ligar?" Isso significa o contrário, não vou telefonar nos próximos três anos.

Até que ponto não se empregam palavras para se esconder o que se quer, para disfarçar, para ocultar? Quantos sinônimos para não dizer absolutamente nada. Para se afastar do que realmente se desejava declarar. Foge-se da palavra certa pela palavra aproximada. Uma palavra vizinha não mora no mesmo lugar da verdade.

Palavra é sentimento. Mas – cuidado – as palavras não podem sentir sozinhas.
Palavra é poder. Ao esgotar seu significado, esgotamos nossa permanência.

Artigo da Vip

THE BREAK-UP

QUANDO O QUE VAI ACABAR CONTINUA, SABE COMO É?

Este mês: JÚLIA FERNANDES

Confesso: é nome de um filme, mas acontece com todo mundo. Quem ainda não assistiu ao filme, com Vince Vaughn e Jennifer Aniston, ele fala sobre o fim de um caso. A parte mais comovente acontece quase no final, que por sinal não é nada feliz, mas compreensível. Ela chorando fala para ele tudo o que ele poderia ter feito, tudo o que ele poderia ter ajudado, tudo o que ele poderia ter ouvido, tudo aquilo que os salvaria. Mas era tarde demais, o fim era iminente.
Quem nunca terminou um relacionamento? Quem nunca quis que fosse para sempre? Quem nunca ficou sem entender por que ele ou ela se foi? Entender o fim de um relacionamento seis meses depois é tempo demais para alguns, mas às vezes totalmente necessário para outros. Bater o dedo no pé do sofá dói, mas, ouvir depois de meses coisas que você queria ouvir uma semana após o rompimento, dói mais ainda.
Então nos encontramos, não por acaso, de propósito. Na casa que já havia sido palco da glória e da perdição. Já havíamos passado meses ali, rindo às gargalhadas, chorando as dores do mundo, entornando muitos goles de saquê e ouvindo música alta que fazia a trilha sonora da nossa vida amorosa. Hoje, passamos o dia todo falando da vida, da nossa, não alheia como costumavam fazer com a gente.
E, assim, o dia se fez noite. Cabia a mim decidir se iria ou não sair com ele. Apreensiva e sem saber se aquilo podia acabar mal simplesmente fui. Qual não foi a minha surpresa quando ele começou a falar do término do relacionamento. Com desenvoltura e como nunca havia feito antes apesar das minhas frustradas tentativas. Talvez das outras vezes não fosse a hora certa. Nunca sabemos qual é a hora certa até que ela chega. Passamos miseráveis meses tentando entender o incompreensível e, de repente, tudo se torna claro.
AS CONFISSÕES A confissão de que ele havia visto o filme sozinho para entender a parte que eu sempre quis lhe explicar me comoveu, muito. Por que depois de já passado tanto tempo? Mas valeu. Todas as lágrimas derramadas valeram. A confissão de que eu havia ficado meses sentindo a falta dele o comoveu. Logo após o término de um relacionamento, a única pessoa que não pode nos ajudar é ironicamente aquela que a gente mais quer que nos ajude.
Eu nunca mais serei capaz de me esquecer dessas confissões tardias, dos sorrisos, da vontade louca de fazer o tempo voltar atrás e fazer com que nos encontrássemos em uma zona de conforto, aquele lugar seguro onde ainda pudéssemos ser salvos pelos erros, tanto os nossos como os dos outros, voltar para onde pudéssemos entender o que era falado, voltar para a época onde éramos genuinamente felizes. Era uma inútil tentativa, mas, se pudéssemos, voltaríamos ao tempo antes de termos nos perdido de nós mesmos.
O tempo ajudou, o tempo foi cruel, um verdadeiro paradoxo. Seguimos em frente, andando de mãos dadas pela rua e acreditando que a vida ainda nos deve explicações por que as coisas acontecem assim e não assado. E a noite se fez dia... ::

A Alma do outro

A alma do outro
"No relacionamento amoroso, familiar ou amigoacredito que partilhar a vida com alguém quevalha a pena é enriquecê-la. Permanecer numarelação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida"
"A alma do outro é uma floresta escura", disse o poeta Rainer Maria Rilke, meu único autor de cabeceira.
A vida vai nos ensinando quanto isso é verdade. Pais e filhos, irmãos, amigos e amantes podem conviver décadas a fio, podem ter uma relação intensa, podem se divertir juntos e sofrer juntos, ter gostos parecidos ou complementares, ser interessantes uns para os outros, superar grandes conflitos – mas persiste o lado avesso, o atrás da máscara, que nunca se expõe nem se dissipa.
Nem todos os mal-entendidos, mágoas e brigas se dão porque somos maus, mas por problemas de comunicação. Porque até a morte nos conheceremos pouco, porque não sabemos como agir. Se nem sei direito quem sou, como conhecer melhor o outro, meu pai, meu filho, meu parceiro, meu amigo – e como agir direito?
Neste momento escrevo, como já disse, um livro sobre o silêncio. Começou como um ensaio na linha de O Rio do Meio e Perdas & Ganhos, mas acabou se tornando um romance, em pleno processo de elaboração. Isso me faz refletir mais agudamente sobre a questão da comunicação e sua por vezes dramática dificuldade, pois nos mal-entendidos reside muito sofrimento desnecessário.
Amor e amizade transitam entre esses dois "eus" que se relacionam em harmonia e conflito: afeto, generosidade, atenção, cuidados, desejo de partilhamento ou de vida em comum, vontade de fazer e ser um bem, e de obter do outro o que para a gente é um bem, o complicado respeito ao espaço do outro, formam um campo de batalha e uma ponte. Pontes podem ser precárias, estradas têm buracos, caminhos escondem armadilhas inconscientes que preparamos para nossos próprios passos em direção do outro. O que está mergulhado no inconsciente é nosso maior tesouro e o mais insidioso perigo.
Pensar sobre a incomunicabilidade ou esse espaço dela em todos os relacionamentos significa pensar no silêncio: a palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta e era hora de falar; o silêncio que não foi erguido no momento exato – e era o momento de calar.
Mas, como escrevi várias vezes, a gente não sabia. É a incomunicabilidade, não por maldade ou jogo de poder, mas por alienação ou simples impossibilidade. Anos depois poderá vir a cobrança: por que naquela hora você não disse isso? Ou: por que naquele momento você disse aquilo?
Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto. Na relação defrontam-se personalidades, dialogam neuroses, esgrimem sonhos e reina o desejo de manipular disfarçado de delicadeza, necessidade ou até carinho. Difícil? Difícil sem dúvida, mas sem essa viagem emocional a existência é um deserto sem miragens.
No relacionamento amoroso, familiar ou amigo acredito que partilhar a vida com alguém que valha a pena é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida. Entre fixar e romper, o conflito e o medo do erro.
Somos todos pobres humanos, somos todos frágeis e aflitos, todos precisamos amar e ser amados, mas às vezes laços inconscientes enredam nossos passos e fecham nosso coração. A balança tem de ser acionada: prevalecem conflitos ásperos e a hostilidade, ou a ternura e aqueles conflitos que ajudam a crescer e amar melhor, a se conhecer melhor e melhor enxergar o outro? O olhar precisa ser atento: mais coisas negativas ou mais gestos positivos? Mais alegria ou mais sofrimento? Mais esperança ou mais resignação?
Cabe a cada um de nós decidir, e isso exige auto-exame, avaliação. Posso dizer que sempre vale a pena, sobretudo vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo um desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos, amigos ou amantes, continua a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pode – o que lhe é possível fazer.
Em certas fases, é preciso matar a cada dia um leão; em outras, estamos num oásis. Não há receitas a não ser abertura, sinceridade, humildade que não é rebaixamento. Além do amor, naturalmente, mas esse às vezes é um luxo, como a alegria, que poucos se permitem.
Seja como for, com alguma sorte e boa vontade a alma do outro pode também ser a doce fonte da vida.

Lya Luft é escritora