quinta-feira, 15 de maio de 2008

Be continued... Vida Simples

Estou terminando bem a semana, afinal é o segundo post em um único dia... rsss
Essa foi uma semana bem complicadinha afinal a temida e odiada TPM chegou com tudo e eu fiquei bem chatinha nos últimos dias, “chatinha” é até bondade minha, fiquei intragável... ok eu sei, pelo menos admito, mas hoje as coisas já começaram a melhorar e resolvi dar uma atenção ao meu Blog lindo que estava completamente abandonado...

E relendo alguns posts vi que o ano passado ele foi meu muro das lamentações, afinal estava apaixonada e não fui correspondida... OK ano novo vida nova certo? Isso mesmo, comecei o ano ainda apegada a esse sentimento que não me fez nada bem e devo confessar que quando estou muito carente ainda acho que gosto dele, mas no fundo acho que é só carência mesmo, afinal vamos combinar ele nem lembra da minha pobre existência ...

Mas decidi que quero alguém para me fazer feliz, me fazer sorrir, me mandar flores... Enfim não quero mais ser mulher moderna, perfeita, a própria mulher maravilha, quero ser romântica e pedir colo quando eu quiser, sem ter que pensar ai ele vai me achar uma boba, ema ema que ache, cansei de ser durona e tem uma coisa muito muito importante, me aceite como eu sou, afinal já passei da idade de fazer tipo, né?

Tudo bem, acho que tudo isso junto pode ser uma overdose e talvez eu desista antes mesmo de começar, mas sabe o pensamento do livro e do filme The Secret? Pois é vou tentar colocar em prática, mas quero alguém simples, que não precise de manual de instruções e nem traga uma caixinha com surpresas desagradáveis, de preferência que não venha cheio de traumas de relacionamentos anteriores e que por favor não seja um desses frouxos que somem sem dizer uma palavra... E nos deixam feito idiotas...
Ou ainda tem aqueles que “não cagam e nem saem da moita” (perdão pelo palavreado chulo), mas é exatamente isso, que saco não sabem dizer “Olha foi um prazer, mas não deu certo”.

Hoje li mais uma vez a coluna do meu querido Chico Sá e ele escreveu um artigo sobre esse machos frouxos...
Segue abaixo o texto, se divirtam...
Bjs
PS: Meninos, por favor, deixem seus depoimentos e me contem porque vcs fazem isso heim? heim? Rssss

TEMPO DE HOMENS FROUXOS
Xico Sá

“Tinha cá pra mim que agora sim, eu vivia enfi m o grande amor, mentira!” Encontro minha amiga A. no nosso bar predileto, aqui em São Paulo, e ela vai logo anunciando – com o teimoso bom humor que a acompanha até mesmo nas pequenas tragédias cotidianas – os últimos ocorridos no capítulo amoroso. Sempre tem boas histórias e uma mania louca de escolher uma música, normalmente Chico Buarque, para começar a contar suas sagas românticas.
Chico tem um vasto elenco de personagens femininos e incorpora as dores e delícias das mulheres, ela escolhe no capricho, no ponto. Fácil, fácil. “Tinha cá pra mim que agora sim, eu vivia enfi m o grande amor, mentira!”, ela repete o refrão do Samba do grande amor. Essa música nem é protagonizada por uma fêmea, e sim por um homem desiludido do amor, mas, segundo ela, é a crônica acabada da sua situação no momento. “Não só do momento, é o hino dos últimos anos”, observa, riso solto de sempre. Que sofrimento é esse com essas gargalhadas todas?
A moça é assim mesmo. Não tem jeito. E olhe que nem pediu caipiroscas de frutas vermelhas nesse dia, fi cou apenas no chope mesmo. “Morrer dessa vez é que não vou”, receita. “Ih, estou escaldada, meu amigo”.
O que A. me contou é uma das coisas que mais escuto das minhas amigas nos últimos tempos.
E olhe que sou conselheiro, cupido e ouvidor geral de muitas. “Sua carteira de desesperadas é grande”, ela mesma tira uma boa onda sobre um ofício que desenvolvo com gosto e curiosidade desde os verdes anos – quando sequer sabia o que era uma mulher para valer. A amiga deparou-se com mais um desses homens que prometem, ensaiam, jogam um charme, cultivam, cantam de galo... e, sem dizer nada, tomam o clássico chá de sumiço. Um personagem típico dos nossos tempos. “Por essas e por outras é que agora prefi ro um bom canalha a um homem frouxo”, prega a amiga, conquistando rapidinho o apoio da mesa feminina ao lado. “Um canalha pelo menos me pega com gosto e temos noites deliciosas.” Defende a tese e emenda, riso desavergonhado: “Passava um verão a água e pão, dava o meu quinhão pro grande amor, mentira!”.
É leitoras, é tempo de homem frouxo, que corre mesmo diante da possibilidade de uma história mais densa e afetiva. Não sabem o que estão perdendo. A começar pela minha amiga cantante, belo exemplar da raça, no auge dos seus 36, boa conversa, boa lábia e um humor capaz de tornar o mais nublado dos dias no dia mais alegre e comovente para o cara que estiver ao seu lado. Sorte desse homem!
Xico Sá, escritor e jornalista, colunista de UMA, é autor de Catecismo de Devoções, Intimidades & Pornografi as, entre outros livros.

Vida Simples

Bom, pra variar faz um tempão que não escrevo, mas junte um pouco de preguiça e falta de inspiração e pronto... Lá se foram 3 meses. rsss

Hoje estava fuçando em sites de revistas e li uma reportagem que achei ótima e resolvi compartilhar. A matéria fala de como simplificar a vida e tem alguns depoimentos e dicas de pessoas que mudaram e especialistas dando dicas de como começar a fazer essas pequenas mudanças.

Como alguns sabem mudei de emprego e agora estou trabalhando no Broklin, mas como moro na Zona Leste, se viesse de transporte público já ia chegar cansada, de carro... nossaaaa ia passar horas no trânsito e gastar uma bica com gasolina e estacionamento, bom optei pelo fretado, foi a melhor coisa que fiz, venho dormindo e volto lendo ou dormindo rsss. Claro que se eu viesse de carro teria a comodidade de ir visitar os amigos ou marcar baladinhas ou happy hours com muito mais freqüência e teria a facilidade do carro para voltar para casa, mas percebi que não precisava deixar de fazer nada disso e tenho me virado muito bem. Um exemplo disso foi a última sexta-feira, que resolvemos fazer um happy hour e eu perdi o último fretado que passa pela Berrine por volta de 21h, mas foi tão divertido que eu nem liguei. Por volta de 23h lá estava eu caminhando para a Berrine para pegar qualquer ônibus que me deixasse em qualquer metrô.

Deu tudo certo, apesar de estar uma noite fria e eu ter ido trabalhar com um sapato salto 15, me senti como as meninas do Sexy and City andando de salto pelas ruas de Manhattan rsss. Essa semana também fui encontrar com duas amigas na Vila Madalena e fui de trem e deu tudo certo... Estou aprendendo a ter uma vida mais simples e sem depender tanto do carro. Mas chega de papo e vamos a matéria... Espero que gostem...

Segue o link:
http://vidasimples.abril.uol.com.br/edicoes/066/grandes_temas/conteudo_276271.shtml?pagina=0 para quem quiser ler inteira para quem preferir coloquei um trecho. bjs

Ponto de suficiência


Simplicidade significa eliminar distrações triviais, tanto materiais como imateriais, e focar no essencial o que quer que isso signifique para cada um, afirma Duane Elgin. É aí que está o pulo do gato, a chavinha de ouro. Mas como é difícil decidir o que é essencial! O pior é que, como diz Jorge Mello, um dos maiores divulgadores da simplicidade voluntária no Brasil, essa constatação não é transferível.
Mas, calma, existem alguns caminhos. Vamos começar pelas necessidades básicas. Do que você precisa para viver com dignidade e certo conforto? Casa, roupa, comida, saúde, educação e acesso à cultura certamente estarão na lista. Se essas necessidades estiverem supridas, do que mais você não abriria mão? O Jorge, por exemplo, de presentear pessoas. O Paulo Roberto, de almoçar ao menos uma vez por semana em um restaurante vegetariano de Niterói considerado caro. É essencial para mim, para meu corpo, estar bem, para eu me sentir satisfeito, saciado, diz. São os pequenos luxos a que todos nós temos direitos e que fazem a vida ficar muito melhor.
Em seu livro Dinheiro e Vida, Vicki Robin apresenta um gráfico que relaciona satisfação e dinheiro despendido. O gráfico faz uma curva ascendente, passando pelas necessidades básicas, algum conforto e pequenos luxos (sem exageros), até chegar ao ponto de suficiência quando os luxos passam dos limites, a curva começa a descer, pois a relação entre dinheiro e satisfação já não vale a pena. O ponto de suficiência seria o ideal para quem quer ter uma vida simples, mas longe da privação ou do sofrimento pois isso não tem nada a ver com simplicidade.
Quando aluno de Gandhi, Richard Gregg, o primeiro a falar em simplicidade voluntária, ainda em 1936, disse ao mestre que era fácil para ele abrir mão de muitas coisas, mas que queria manter seus vários livros. Gandhi respondeu: Então, não abra mão deles. Enquanto você obtiver ajuda interior e conforto de qualquer coisa, você deve conservá-la. Se você abrir mão dela num ato de austeridade e sacrifício, continuará querendo-a de volta e esse querer insatisfeito lhe trará problemas. Por isso, não tente eliminar nada de sua vida arbitrariamente. Faça uma lista com os itens que o levariam ao ponto de suficiência, nem mais nem menos. Antes de eliminar qualquer coisa, teste. Será que preciso mesmo do forninho e do microondas? Fique uma semana sem usar um deles e veja o que acontece. Você pode ter boas surpresas.
O arquiteto Max Gosslar teve um carro por três anos. Depois que se mudou para uma região mais central de São Paulo, passou a usar mais o transporte público e vendeu o veículo. Não vou dizer que não reclamo, faz falta, principalmente à noite e nos fins de semana. Mas, em termos financeiros, não valia. Daria um gasto médio de 700 reais por mês, diz Max. Nesse caso, a satisfação não era proporcional ao dinheiro despendido. Bárbara Monteiro sempre usou a bicicleta e, raramente, ônibus e metrô como transporte. Foram 35 anos indo para o trabalho e a faculdade de magrela até que... Comprei um carro na semana passada, nem sei como vai ser quando ele chegar, disse. Bárbara adora viajar nos fins de semana, pois tem necessidade de estar em contato com a natureza. Mas apertava o coração deixar o cachorro e o gato para trás. Queria levá-los, mas era sempre a saia justa de colocar os bichos no carro dos amigos e no ônibus não era nem permitido.
Moral da história: as necessidades mudam porque as pessoas mudam e os contextos mudam. Então, a pergunta a se fazer é: o que é essencial para este singular que sou (não para meu vizinho ou para meu chefe) na minha vida atual? Coloque-se esta questão constantemente e faça as adaptações necessárias. O ponto de suficiência não é estático, é mutante. Existe um critério, mas esse critério é vivo, diz Jorge Mello.


Prazer de viver
A americana Cecile Andrews, autora do livro The Circle of Simplicity (O círculo de simplicidade, sem tradução no Brasil), afirma que temos que gastar nosso tempo com coisas e pessoas que nos dão energia, e não com as que nos tiram energia. Ela cita uma técnica de outro autor, Alan Lakein, que diz que temos de dividir nossas tarefas de acordo com a prioridade em A, B e C. Até aí, nada de novo. O interessante é que ele propõe que, uma vez que você detecte quais são seus Cs aquilo que suga sua energia , você deve deixar de fazêlos pelo máximo de tempo possível. Cecile, por exemplo, descobriu que lavar o carro semanalmente estava na categoria C para ela. Então, passou a adiar a tarefa o quanto pode. Aí, eu vou limpá-lo agradecida por todo o tempo que economizei, diz.
Independentemente da conclusão a que você chegue, não faça mudanças bruscas. Sua vida tem muito setores. Escolha apenas um e comece devagar, para que simplificar a vida não se torne um complicador, diz Jorge Mello. É a partir de mudanças pequenas na casa, no meio de transporte, na alimentação, na relação com os vizinhos que podem surgir grandes transformações. Foi assim com o Jorge, com o Paulo Roberto, com a Elaine. Acredite, eles já enfiaram os pés pelas mãos. O Paulo chegou a se mandar para uma praia deserta, até que uma ponte quebrou na estrada e ele passou a demorar sete horas para chegar até a universidade, onde dava aulas duas vezes por semana. Resultado: voltou correndo para a cidade.
As mudanças precisam ser graduais. Antes de abandonar os cargos administrativos em uma escola e ficar apenas como professora, Cecile Andrews tirou uma espécie de ano sabático, em que ficou apenas lecionando para ver como se sentiria. Há notícias de pessoas que conseguiram negociar redução de carga horária e salário, ou que acumulam a jornada semanal em quatro dias. O artista plástico Cláudio Spínola se dedica quatro horas diárias a fazer pão para vender, o restante de quase toda sua renda vem do aluguel dos quartos sobressalentes em sua casa. Também há aqueles que não reduziram a jornada de trabalho, mas se impuseram um compromisso gostoso como almoçar toda quarta-feira com a filha, aconteça o que acontecer.
Há muitas pequenas atitudes que se podem tomar para simplificar a vida e fortalecer o espírito de comunidade, sem precisar ir para uma ecovila. A bióloga Rita Mendonça se mudou para uma casa maior, assim pôde montar sua empresa na edícula. Contratou uma cozinheira que faz almoço diariamente para ela e sua equipe. Eles fazem um rodízio: periodicamente, uma pessoa vai comprar os mantimentos. Na planilha, todo mundo pode colocar um bocado de coisas de que precisa para a própria casa, para aproveitar a viagem do colega ao mercado. Os legumes e verduras orgânicos são entregues na porta. Nosso almoço é um momento de partilha, de convivência, diz Rita. Outra idéia inspiradora é a dos vizinhos que se revezam para cozinhar. Cada dia um entrega uma marmitinha na casa do outro. Já Cecile Andrews prefere jantar em um café perto de casa assim, encontra pessoas e desfruta do sentimento de comunidade. Em seu livro, conta que, quando ela e o marido resolvem cozinhar em casa, acabam se irritando e que comer fora é mais barato que um divórcio.
Surgidas na Dinamarca e hoje espalhadas pela Europa, América do Norte e Oceania, as cohousings, comunidades em que cada família tem sua casa, mas também compartilha espaços comuns com os vizinhos, podem nos inspirar de várias formas, pois possibilitam uma vida mais sustentável e colaborativa. Um exemplo é o uso comum da caixa de ferramentas ou até de carros e bicicletas.
Se ainda não dá para você compartilhar o carro com o vizinho, pode ao menos emprestá-lo para o irmão, em vez de deixá-lo o dia todo no estacionamento. Isso o ajudaria a entrar no rol dos bons materialistas, aqueles que entenderam que dinheiro é tempo e simplificaram de vez a vida.
PARA SABER MAIS
LIVROSSimplicidade Voluntária,Duane Elgin, CultrixDinheiro e Vida,Joe Dominguez e Vicki Robin, CultrixWalden Ou A Vida nos Bosques,Henry D. Thoreau, Ground
Conheça os sites de simplicidade voluntária