segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O Homem Ideal

Li esse texto e simplesmente adorei...
Combina com a fase que estou vivendo... Quero alguém, mas quero alguém por inteiro e não pela metade, autêntico como ele só... que me mime, mas tb me pode tb...Que me enlouqueça e traga a lucidez novamente...

bjs

O homem ideal

“O homem ideal não considera fraqueza dizer que me ama”

Por Ailin Aleixo

O homem ideal me dá colo mas não me faz dependente de seus carinhos e cafunés - ao contrário, me incentiva a transpor problemas e encontrar soluções. Tem a rara habilidade de saber ouvir e dizer o que é necessário, bom ou a dura e intransponível realidade. Compreende a diferença entre estar presente e fazer companhia e prefere ficar sozinho a estar de alma ausente.
Não é prolixo nem tenta impressionar, por isso é deliciosamente verdadeiro, simples e interessante.
Entende que preciso da sensação indescritivelmente libertadora de sumir por algumas horas para depois desejar estar de volta para ele.
Não exige a todo instante meu lado risonho porque sabe, como sabe de tantas outras coisas não ditas em sentenças ou discursos, que os dias negros fazem parte de mim. Nota minhas sutis alterações de humor e, sensato, cala-se ao meu lado olhando para a TV. E não exige explicações porque possui aquela calma sabedoria que me impele naturalmente em sua direção.
O homem ideal me dá bronca quando abuso da minha independência ou como chocolate demais e depois reclamo do peso. Compra sorvete light e evita discussões posteriores.
O homem ideal canta. Não precisa ser afinado, mas sussurra canções que, num dia qualquer, descobrimos ambos gostar. Também bebe. Meio pinguço, é daqueles que ficam charmosos de matar com um copo de vinho nas mãos e maravilhosamente sacana três doses acima do normal. Enterra os bons modos e bate a porta do quarto, sem tempo para que eu responda à pergunta nem sequer formulada. Adormece aconchegado a mim, mas não suporta ficar agarrado durante toda a noite.
O homem ideal não considera fraqueza dizer que me ama. Pede ajuda quando sente que o peso colocado sobre seus ombros extrapolou sua força. E chora. Vive regido por sua consciência e, impulsivo, assassina a etiqueta e comete atos passionais. Então faz besteiras, erra, engana-se. E nem por isso deixa de ser maravilhoso - apenas segue sendo magnífica e tropegamente humano.
O homem ideal é imperfeito, numa imperfeição que combina exatamente com a minha.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estava inspirada mesmo hein Dri...
Adorei este texto, maravilhoso...minha fase está sendo esta...beijos, Racks