Beijo na boca
Engraçado como as coisas na vida começam a ficar meio automáticas e na maioria das vezes nem percebemos, por exemplo há pessoas com quem falamos mais pelo computador do que pessoalmente, hoje não se manda mais carta pelo correio, só por e-mail, as vezes ao invés de ligar mandamos um torpedo, um outro exemplo é se vc é solteiro (a) vc acaba conhecendo muitas pessoas e com isso acaba se envolvendo com algumas, com outras não...
Esses dias percebi uma coisa que há muito tempo não notava, gentemmmm como beijar na boca é uma coisa gostosa, as vezes vc sai e simplesmente está afim de sexo e o faz e pronto, uma coisa meio animal instintiva ou namora há muito tempo ou é casado(a) e beijar acaba sendo secundário, é claro que isso não é uma regra, como em tudo na vida há exceções.
Me lembro de quando era bem mais nova e o máximo permitido eram beijos e alguns amassos, nada mais que isso, depois descobrimos o sexo e tudo muda... Tive uma fase bem beijoqueira em que realmente prestava atenção se o beijo era bom ou não se rolava química ou não,é claro que hoje também mas percebi que andei ligando o piloto automático porque não andava prestando atenção se o beijo era bom, sei lá... rsss
Mas, outro dia experimentei aquela sensação de só beijar e mais nada, gente que delícia, tudo bem isso pode parecer bem idiota, mas é verdade sabe aquela coisa de quando se é adolescente e vc beija e beija e beija...
Confesso que tiveram alguns beijos que nem me lembro, mas esse acho que por estar mais recente foi tão gostoso...que tomei uma decisão, vou me especializar em beijos e para isso preciso voltar a ser beijoqueira como já fui... Agora meu lema é beijar na boca rssss.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
domingo, 31 de agosto de 2008
Colocando a casa em ordem
Engraçado, olhando para os seis meses que passaram, muitas coisas boas aconteceram. A primeira delas foi a minha mudança de emprego e confesso que foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido, não só pelo trabalho que adoro e por ter conhecido ótimas pessoas, mas também por todo aprendizado profissional e pessoal.
Pasmem, eu a pessoa mais sedentária que já conheci, entrei na academia e já estou no quarto mês, faço musculação, exercicios aeróbios e aos sábados faço Kombato, defesa pessoal. Me sinto muito mais disposta, menos acelerada e bem menos estressada, TPM ? já faz uns dois meses que nem sei mais o que é isso, admito que os exercícios físicos estão me fazendo muito bem e a dieta também.
No início desse ano resolvi que queria um namorado e cheguei a escrever aqui sobre isso, mas no fundo acho que ainda não tinha deixado de gostar do Mr.X e tudo ficava mais difícil, mas a verdade é que não apareceu ninguém que fizesse meu coração bater mais forte ou minhas pernas tremerem e por enquanto estou bem como estou, finalmente posso dizer que não gosto mais do Mr.X e o meu coração está livre para me apaixonar de novo e isso é muito bom.
Sinto também que amadureci bastante e desejo do fundo do meu coração que ele seja muito feliz com a sua namorada, de verdade pela primeira vez, falo isso de coração. Talvez pudéssemos até ser amigos, mas acho que no nosso relacionamento algo se quebrou e toda a cumplicidade que tivemos de compartilhar novidades e alegrias se foi e não sei se um dia voltaremos a ter, afinal já não nos falamos com a mesma freqüência e não nos vemos a nem sei quanto tempo, mas o mais importante é que não guardo mas mágoa ou ressentimentos, virei a página de verdade. Tenho um grande afeto por ele e não deixei de admirá-lo em muitas coisas, mas hoje sei que ele não era o homem certo para mim, por inúmeros motivos que não vem ao caso agora.
Outra coisa andou me preocupando foi o fato de estar prestes a fazer 30 anos, pirei um pouco, fiquei com a sensação de que podia ter feito mais do fiz e ter mais do que tenho, mas ao mesmo tempo olhando pra trás, vejo que sou uma batalhadora, nunca deixo a peteca cair e sempre que caio, sacudo a poeira e dou a volta por cima, é obvio, que há coisas que preciso tomar as redeas na minha vida, um ótimo exemplo é a minha vida financeira. Mas já comecei a colocar a casa em ordem na minha vida financeira, mesmo porque se não fizer isso vou chegar aos 60 anos e não ter simplesmente nada.
Outra decisão que tomei foi a de deixar as coisas acontecerem naturalmente sem procurar o amor perfeito ou a vida perfeita, tudo tem sua hora e quando chegar à hora do príncipe encantado aparecer, ele aparecerá e as outras coisas que quero vão começar a chegar e acontecer também, porque sei que mereço, mas tudo há seu tempo.
Tenho andado bem mais calma e menos ansiosa sei que na hora certa tudo vai acontecer, mas também sei que tenho que colaborar e tenho me esforçado, eu diria que é um exercício diário, só por hoje eu não vou usar meus cartões de crédito, só por hoje não vou comprar um sapato ou uma roupa nova, só por hoje não vou sair da linha da dieta...e confesso que está dando certo rsss, como dizem no AA, um dia de cada vez.
Pasmem, eu a pessoa mais sedentária que já conheci, entrei na academia e já estou no quarto mês, faço musculação, exercicios aeróbios e aos sábados faço Kombato, defesa pessoal. Me sinto muito mais disposta, menos acelerada e bem menos estressada, TPM ? já faz uns dois meses que nem sei mais o que é isso, admito que os exercícios físicos estão me fazendo muito bem e a dieta também.
No início desse ano resolvi que queria um namorado e cheguei a escrever aqui sobre isso, mas no fundo acho que ainda não tinha deixado de gostar do Mr.X e tudo ficava mais difícil, mas a verdade é que não apareceu ninguém que fizesse meu coração bater mais forte ou minhas pernas tremerem e por enquanto estou bem como estou, finalmente posso dizer que não gosto mais do Mr.X e o meu coração está livre para me apaixonar de novo e isso é muito bom.
Sinto também que amadureci bastante e desejo do fundo do meu coração que ele seja muito feliz com a sua namorada, de verdade pela primeira vez, falo isso de coração. Talvez pudéssemos até ser amigos, mas acho que no nosso relacionamento algo se quebrou e toda a cumplicidade que tivemos de compartilhar novidades e alegrias se foi e não sei se um dia voltaremos a ter, afinal já não nos falamos com a mesma freqüência e não nos vemos a nem sei quanto tempo, mas o mais importante é que não guardo mas mágoa ou ressentimentos, virei a página de verdade. Tenho um grande afeto por ele e não deixei de admirá-lo em muitas coisas, mas hoje sei que ele não era o homem certo para mim, por inúmeros motivos que não vem ao caso agora.
Outra coisa andou me preocupando foi o fato de estar prestes a fazer 30 anos, pirei um pouco, fiquei com a sensação de que podia ter feito mais do fiz e ter mais do que tenho, mas ao mesmo tempo olhando pra trás, vejo que sou uma batalhadora, nunca deixo a peteca cair e sempre que caio, sacudo a poeira e dou a volta por cima, é obvio, que há coisas que preciso tomar as redeas na minha vida, um ótimo exemplo é a minha vida financeira. Mas já comecei a colocar a casa em ordem na minha vida financeira, mesmo porque se não fizer isso vou chegar aos 60 anos e não ter simplesmente nada.
Outra decisão que tomei foi a de deixar as coisas acontecerem naturalmente sem procurar o amor perfeito ou a vida perfeita, tudo tem sua hora e quando chegar à hora do príncipe encantado aparecer, ele aparecerá e as outras coisas que quero vão começar a chegar e acontecer também, porque sei que mereço, mas tudo há seu tempo.
Tenho andado bem mais calma e menos ansiosa sei que na hora certa tudo vai acontecer, mas também sei que tenho que colaborar e tenho me esforçado, eu diria que é um exercício diário, só por hoje eu não vou usar meus cartões de crédito, só por hoje não vou comprar um sapato ou uma roupa nova, só por hoje não vou sair da linha da dieta...e confesso que está dando certo rsss, como dizem no AA, um dia de cada vez.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
O Homem Ideal
Li esse texto e simplesmente adorei...
Combina com a fase que estou vivendo... Quero alguém, mas quero alguém por inteiro e não pela metade, autêntico como ele só... que me mime, mas tb me pode tb...Que me enlouqueça e traga a lucidez novamente...
bjs
O homem ideal
“O homem ideal não considera fraqueza dizer que me ama”
Por Ailin Aleixo
O homem ideal me dá colo mas não me faz dependente de seus carinhos e cafunés - ao contrário, me incentiva a transpor problemas e encontrar soluções. Tem a rara habilidade de saber ouvir e dizer o que é necessário, bom ou a dura e intransponível realidade. Compreende a diferença entre estar presente e fazer companhia e prefere ficar sozinho a estar de alma ausente.
Não é prolixo nem tenta impressionar, por isso é deliciosamente verdadeiro, simples e interessante.
Entende que preciso da sensação indescritivelmente libertadora de sumir por algumas horas para depois desejar estar de volta para ele.
Não exige a todo instante meu lado risonho porque sabe, como sabe de tantas outras coisas não ditas em sentenças ou discursos, que os dias negros fazem parte de mim. Nota minhas sutis alterações de humor e, sensato, cala-se ao meu lado olhando para a TV. E não exige explicações porque possui aquela calma sabedoria que me impele naturalmente em sua direção.
O homem ideal me dá bronca quando abuso da minha independência ou como chocolate demais e depois reclamo do peso. Compra sorvete light e evita discussões posteriores.
O homem ideal canta. Não precisa ser afinado, mas sussurra canções que, num dia qualquer, descobrimos ambos gostar. Também bebe. Meio pinguço, é daqueles que ficam charmosos de matar com um copo de vinho nas mãos e maravilhosamente sacana três doses acima do normal. Enterra os bons modos e bate a porta do quarto, sem tempo para que eu responda à pergunta nem sequer formulada. Adormece aconchegado a mim, mas não suporta ficar agarrado durante toda a noite.
O homem ideal não considera fraqueza dizer que me ama. Pede ajuda quando sente que o peso colocado sobre seus ombros extrapolou sua força. E chora. Vive regido por sua consciência e, impulsivo, assassina a etiqueta e comete atos passionais. Então faz besteiras, erra, engana-se. E nem por isso deixa de ser maravilhoso - apenas segue sendo magnífica e tropegamente humano.
O homem ideal é imperfeito, numa imperfeição que combina exatamente com a minha.
Combina com a fase que estou vivendo... Quero alguém, mas quero alguém por inteiro e não pela metade, autêntico como ele só... que me mime, mas tb me pode tb...Que me enlouqueça e traga a lucidez novamente...
bjs
O homem ideal
“O homem ideal não considera fraqueza dizer que me ama”
Por Ailin Aleixo
O homem ideal me dá colo mas não me faz dependente de seus carinhos e cafunés - ao contrário, me incentiva a transpor problemas e encontrar soluções. Tem a rara habilidade de saber ouvir e dizer o que é necessário, bom ou a dura e intransponível realidade. Compreende a diferença entre estar presente e fazer companhia e prefere ficar sozinho a estar de alma ausente.
Não é prolixo nem tenta impressionar, por isso é deliciosamente verdadeiro, simples e interessante.
Entende que preciso da sensação indescritivelmente libertadora de sumir por algumas horas para depois desejar estar de volta para ele.
Não exige a todo instante meu lado risonho porque sabe, como sabe de tantas outras coisas não ditas em sentenças ou discursos, que os dias negros fazem parte de mim. Nota minhas sutis alterações de humor e, sensato, cala-se ao meu lado olhando para a TV. E não exige explicações porque possui aquela calma sabedoria que me impele naturalmente em sua direção.
O homem ideal me dá bronca quando abuso da minha independência ou como chocolate demais e depois reclamo do peso. Compra sorvete light e evita discussões posteriores.
O homem ideal canta. Não precisa ser afinado, mas sussurra canções que, num dia qualquer, descobrimos ambos gostar. Também bebe. Meio pinguço, é daqueles que ficam charmosos de matar com um copo de vinho nas mãos e maravilhosamente sacana três doses acima do normal. Enterra os bons modos e bate a porta do quarto, sem tempo para que eu responda à pergunta nem sequer formulada. Adormece aconchegado a mim, mas não suporta ficar agarrado durante toda a noite.
O homem ideal não considera fraqueza dizer que me ama. Pede ajuda quando sente que o peso colocado sobre seus ombros extrapolou sua força. E chora. Vive regido por sua consciência e, impulsivo, assassina a etiqueta e comete atos passionais. Então faz besteiras, erra, engana-se. E nem por isso deixa de ser maravilhoso - apenas segue sendo magnífica e tropegamente humano.
O homem ideal é imperfeito, numa imperfeição que combina exatamente com a minha.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Sou brasileira e não desisto nunca!!!
Bom, depois de alguns dias de cansaço e baixo astral resolvi sacudir a poeira e dar a volta por cima, afinal vamos combinar que essa pose de coitadinha não combina com a minha pessoa...
Hoje de manhã ainda estava meio caidinha, mas li esse texto do Jabor e me senti viva de novo...
É isso aí no jogo do amor é assim, um dia vc ganha, no outro vc perde, mas o importante é nunca desistir... Afinal ainda quero ter uma família e ter boas histórias para contar para as minhas filhas e netas, logo...
E o meu príncipe pode estar aonde eu menos espero... só me esperando para me levar para o reino Tão, tão distante...
Beijos e força na peruca
PS: Vamos combinar que fico ainda mais bonita sorrindo...
Crônica do Amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem noódio vocês combinam. Então?Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você amaeste cara?Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucurapor computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim.Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo Jabor
Hoje de manhã ainda estava meio caidinha, mas li esse texto do Jabor e me senti viva de novo...
É isso aí no jogo do amor é assim, um dia vc ganha, no outro vc perde, mas o importante é nunca desistir... Afinal ainda quero ter uma família e ter boas histórias para contar para as minhas filhas e netas, logo...
E o meu príncipe pode estar aonde eu menos espero... só me esperando para me levar para o reino Tão, tão distante...
Beijos e força na peruca
PS: Vamos combinar que fico ainda mais bonita sorrindo...
Crônica do Amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem noódio vocês combinam. Então?Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você amaeste cara?Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucurapor computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim.Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo Jabor
terça-feira, 15 de julho de 2008
Cansada
Engraçado, hoje acordei extremamente cansada, cansada de amar e não ser correspondida, cansada de sempre gostar dos caras errados, cansada de insistir no mesmo erro o de gostar de um cara que nem sabe que eu existo e confesso que estava com o coração apertado e decidi deixar a vida me levar...Sem buscar, deixar o amor me achar... Já que sempre que eu tento encontrá-l0 sofro, quero que ele me encontre primeiro...
Li esse texto da Martha Medeiros e pensei: Quando será que o meu medo e esse cansaço vão passar?
bjs
O medo do Amor
Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Li esse texto da Martha Medeiros e pensei: Quando será que o meu medo e esse cansaço vão passar?
bjs
O medo do Amor
Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
domingo, 29 de junho de 2008
Decepção
Semana passada uma amiga se decepcionou demais com uma amiga, eu mesma acreditei que as pessoas podiam ser realmente boas e percebi que quando lhes é interessante elas são más e egoístas.
Decepção- 1 Ação de enganar. 2 Surpresa desagradável. 3 Desilusão.
Porque nos decepcionamos com uma pessoa, com um acontecimento, com uma situação, com a vida?
A decepção é um sentimento tão frustante, talvez seja das sensações que mais me entristeça, me chateia, me impede de continuar, me bloqueia.
Será que criamos expectativas altas demais? Ou será que as expectativas eram normais, próprias e adequadas, mas a decepção teimosamente nos bate à porta?
Será um problema de ansiedade, de querermos tanto que algo se realize e aconteça.
Será que somos exigentes demais, e exigimos dos outros, coisas que nem nós próprios sabemos ou somos capazes de fazer?
Será que uns são mais acostumados as decepções que outros?
Será que uns, nem percebem a decepção não lhe dando a importância que outros lhe dão?
Será que as decepções só acontecem aos emotivos? Aos frágeis? Aos corajosos? Aos exagerados? Aos idiotas (Polianas)?
E acordar depois de uma decepção?
Acordar para a Vida, acordar para o Dia, pôr os pés fora da cama, levantar o corpo, calçar qualquer coisa para começar a pisar o chão, a terra, olharmo-nos no espelho, olhamos nossos olhos decepcionados….
E depois, muitas vezes voltar ao mesmo lugar, ver a mesma pessoa, ter de falar com essa pessoa, voltar e reencontar o mesmo ambiente, o mesmo cenário…..
Reagir…. Como se faz para REAGIR? Reagir é voltar a agir! Para voltar a agir, é preciso ter vontade de agir. E o mundo que nos rodeia, exigente, que não tolera a insatisfação, não tolera tristezas, que como uma criança mimada, nos quer sempre Lindos, Contentes, Sorridentes, Arrumados, Elegantes, Perfeitos, e todos nos pedem, “Vá reaga, faz qualquer coisa, tem que melhorar! E para piorar, dizem a frase: “Não sei, porque fica assim, não é motivo para isso!”. E nós, envolvidos num manto negro de tristeza, de amargos na boca, de nós no estomâgo, de dedos das mãos frios, ficamos perplexos ao olhar para aquelas pessoas que nos dizem: “Não é pra tanto!”. Não é pra tantooooooo???! Não percebem, que para nós É TUDO, É muita coisa sim!
Não percebem que a decepção nos faz querer que tudo tivesse sido diferente, que aquela ou aquele amigo não tivesse nos traído por um par de calças ou uma bunda gostosa.
Mas pra mim umas das piores decepções são as de amor, quando não somos correspondidos, sabe?
Quem lê este blog e me conhece sabe o quanto sofri quando minha paixão , obsessão, sei lá, pelo MR. X não foi correspondida, chorei, engordei rsss, me desesperei e me permiti passar por todas as etapas, eu sabia que ele não gostava de mim, não como eu queria e acho que isso é ainda pior, ter que admitir que ele não te quer... foi duro... foi triste... mas superei e estou aqui firme e forte e ainda acreditando que o amor pode dar certo...
Mas continuando, os decepcionados não choram por fora, choram por dentro! Choram, choram, choram, até ficar secos, como um solo seco, ressequido, morto…
Pra mim o ideal é enterrar uma decepção, como se fosse um corpo morto, enviuvar, chorar aquilo que nunca acontecerá, que nunca iremos possuir...é uma fase... que sempre passa... mas precisamos viver.
E quando finalmente passa precisamos destruir definitivamente antigos chavões como: “Homem é tudo igual, não leva mulher a sério”, “Meus namoros nunca dão certo”, “Eu não paro em nenhum emprego”, “O casamento é ilusão, na prática não funciona”... É preciso romper com a mentalidade negativista que a decepção provoca em nós.
Não temos o direito de desistir de amar pelo fato de termos vivido experiências difíceis. É preciso tentar de novo, acreditar, recomeçar! Com os amigos o mesmo... Mas com mais cautela eu diria...
Poderá ser melhor, pode sim, a cada dia que se inicia, Deus nos dá a oportunidade de reescrevermos nossa história, e com Ele, podemos dar cor e vida ao que antes era dor e ausência.
É preciso acreditar... sempre! Afinal estamos sempre em busca de nossos sonhos e não devemos deistir nunca.
Decepção- 1 Ação de enganar. 2 Surpresa desagradável. 3 Desilusão.
Porque nos decepcionamos com uma pessoa, com um acontecimento, com uma situação, com a vida?
A decepção é um sentimento tão frustante, talvez seja das sensações que mais me entristeça, me chateia, me impede de continuar, me bloqueia.
Será que criamos expectativas altas demais? Ou será que as expectativas eram normais, próprias e adequadas, mas a decepção teimosamente nos bate à porta?
Será um problema de ansiedade, de querermos tanto que algo se realize e aconteça.
Será que somos exigentes demais, e exigimos dos outros, coisas que nem nós próprios sabemos ou somos capazes de fazer?
Será que uns são mais acostumados as decepções que outros?
Será que uns, nem percebem a decepção não lhe dando a importância que outros lhe dão?
Será que as decepções só acontecem aos emotivos? Aos frágeis? Aos corajosos? Aos exagerados? Aos idiotas (Polianas)?
E acordar depois de uma decepção?
Acordar para a Vida, acordar para o Dia, pôr os pés fora da cama, levantar o corpo, calçar qualquer coisa para começar a pisar o chão, a terra, olharmo-nos no espelho, olhamos nossos olhos decepcionados….
E depois, muitas vezes voltar ao mesmo lugar, ver a mesma pessoa, ter de falar com essa pessoa, voltar e reencontar o mesmo ambiente, o mesmo cenário…..
Reagir…. Como se faz para REAGIR? Reagir é voltar a agir! Para voltar a agir, é preciso ter vontade de agir. E o mundo que nos rodeia, exigente, que não tolera a insatisfação, não tolera tristezas, que como uma criança mimada, nos quer sempre Lindos, Contentes, Sorridentes, Arrumados, Elegantes, Perfeitos, e todos nos pedem, “Vá reaga, faz qualquer coisa, tem que melhorar! E para piorar, dizem a frase: “Não sei, porque fica assim, não é motivo para isso!”. E nós, envolvidos num manto negro de tristeza, de amargos na boca, de nós no estomâgo, de dedos das mãos frios, ficamos perplexos ao olhar para aquelas pessoas que nos dizem: “Não é pra tanto!”. Não é pra tantooooooo???! Não percebem, que para nós É TUDO, É muita coisa sim!
Não percebem que a decepção nos faz querer que tudo tivesse sido diferente, que aquela ou aquele amigo não tivesse nos traído por um par de calças ou uma bunda gostosa.
Mas pra mim umas das piores decepções são as de amor, quando não somos correspondidos, sabe?
Quem lê este blog e me conhece sabe o quanto sofri quando minha paixão , obsessão, sei lá, pelo MR. X não foi correspondida, chorei, engordei rsss, me desesperei e me permiti passar por todas as etapas, eu sabia que ele não gostava de mim, não como eu queria e acho que isso é ainda pior, ter que admitir que ele não te quer... foi duro... foi triste... mas superei e estou aqui firme e forte e ainda acreditando que o amor pode dar certo...
Mas continuando, os decepcionados não choram por fora, choram por dentro! Choram, choram, choram, até ficar secos, como um solo seco, ressequido, morto…
Pra mim o ideal é enterrar uma decepção, como se fosse um corpo morto, enviuvar, chorar aquilo que nunca acontecerá, que nunca iremos possuir...é uma fase... que sempre passa... mas precisamos viver.
E quando finalmente passa precisamos destruir definitivamente antigos chavões como: “Homem é tudo igual, não leva mulher a sério”, “Meus namoros nunca dão certo”, “Eu não paro em nenhum emprego”, “O casamento é ilusão, na prática não funciona”... É preciso romper com a mentalidade negativista que a decepção provoca em nós.
Não temos o direito de desistir de amar pelo fato de termos vivido experiências difíceis. É preciso tentar de novo, acreditar, recomeçar! Com os amigos o mesmo... Mas com mais cautela eu diria...
Poderá ser melhor, pode sim, a cada dia que se inicia, Deus nos dá a oportunidade de reescrevermos nossa história, e com Ele, podemos dar cor e vida ao que antes era dor e ausência.
É preciso acreditar... sempre! Afinal estamos sempre em busca de nossos sonhos e não devemos deistir nunca.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Amores Silenciosos
Quando li o título deste texto do Contardo Calligaris, da Ilustrada, da Folha de SP, logo pensei: deve ser algo sobre amores platônicos...
E aí me deparo com a seguinte frase: A gente se declara apaixonado porque está apaixonado ou pelo prazer de apaixonar-se? Pensei, opa tá melhorando vou ler... e realmente o que ele fala me fez pensar? será? será que o amor deve ser silencioso mesmo? ou será que devemos fazer como a música do Roupa Nova "Eu te amo e vou gritar pro mundo inteiro , ouvir..." rsss (bregaaaa)
Quem me conhece sabe que sou bocuda e que sempre que conhecia alguém interessante, minha frase predileta era: Ai estou apaixonada!!! rssss Depois de algumas decepções venho me controlando e segurando a onda e agora digo "acho que estou me apaixonando, medooo"... Ou já passou... talvez de tanto me proteger, não consiga entrar de cabeça...
Um amiga que trabalha comigo me perguntou até quando vou ficar me protegendo? a resposta? não sei, talvez até que me sinta realmente segura...
Mas, vamos ao texto... reflitam é bem bacana... beijos
CONTARDO CALLIGARIS
Amores silenciosos
A gente se declara apaixonado porque está apaixonado ou pelo prazer de se apaixonar?
FAZER E RECEBER declarações de amor é quase sempre prazeroso. O mesmo vale, aliás, para todos os sentimentos: mesmo quando dizemos a alguém, olho no olho, "Eu te odeio", o medo da brutalidade de nossas palavras não exclui uma forma selvagem de prazer.De fato, há um prazer na própria intensidade dos sentimentos; por isso, desconfio um pouco das palavras com as quais os manifestamos. Tomando o exemplo do amor, nunca sei se a gente se declara apaixonado porque, de fato, ama ou, então, diz que está apaixonado pelo prazer de se apaixonar. Simplificando, há duas grandes categorias de expressões: constatativas e performativas. Se digo "Está chovendo", a frase pode ser verdadeira se estamos num dia de chuva ou falsa se faz sol; de qualquer forma, mentindo ou não, é uma frase que descreve, constata um fato que não depende dela. Se digo "Eu declaro a guerra", minha declaração será legítima se eu for imperador ou será um capricho da imaginação se eu for simples cidadão; de qualquer forma, capricho ou não, é uma frase que não constata, mas produz (ou quer produzir) um fato. Se eu tiver a autoridade necessária, a guerra estará declarada porque eu disse que declarei a guerra. Minha "performance" discursiva é o próprio acontecimento do qual se trata (a declaração de guerra). Pois bem, nunca sei se as declarações de amor são constatativas ("Digo que amo porque constato que amo") ou performativas ("Aca- bo amando à força de dizer que amo"). E isso se aplica à maioria dos sentimentos. Recentemente, uma jovem, por quem tenho estima e carinho, confiava-me sua dor pela separação que ela estava vivendo. Ao escutá-la, eu pensava que expressar seus sentimentos devia ser, para ela, um alívio, mas que, de uma certa forma, seria melhor se ela não falasse. Por quê? Justamente, era como se a falta do namorado (de quem ela tinha se separado por várias e boas razões), a sensação de perda etc. fossem intensificadas por suas palavras, e talvez mais que intensificadas: produzidas. É uma experiência comum: externamos nossos sentimentos para vivê-los mais intensamente -para encontrar as lágrimas que, sem isso, não jorrariam ou a alegria que talvez, sem isso, fosse menor. Nada contra: sou a favor da intensidade das experiências, mesmo das dolorosas. Mas há dois problemas. O primeiro é que o entusiasmo com o qual expressamos nossos sentimentos pode simplificá-los. Ao declarar meu amor, por exemplo, esqueço conflitos e nuances. No entusiasmo do "te amo", deixo de lado complementos incômodos ("Te amo, assim como amo outras e outros" ou "Te amo, aqui, agora, só sob este céu") e adversativas que atrapalhariam a declaração com o peso do passado ou a urgência de sonhos nos quais o amor que declaro não se enquadra. O segundo problema é que nossa verborragia amorosa atropela o outro. A complexidade de seus sentimentos se perde na simplificação dos nossos, e sua resposta ("Também te amo"), de repente, não vale mais nada ("Eu disse primeiro"). Por isso, no fundo, meu ideal de relação amorosa é silencioso, contido, pudico. Para contrabalançar os romances e filmes em que o amor triunfa ao ser dito e redito, como um performativo que inventa e força o sentimento, sugiro dois extraordinários romances breves, de Alessandro Baricco, o escritor italiano que estará na Festa Literária Internacional de Parati, na próxima semana: "Seda" e "Sem Sangue" (ambos Companhia das Letras). Nos dois, a intensidade do amor se impõe com uma extrema economia de palavras ("Sem Sangue") ou sem palavra nenhuma ("Seda"). Nos dois, o silêncio permite que o amor vingue -apesar de ele não poder ser dito ou talvez por isso mesmo. No caso de "Seda": te amo em silêncio porque te encontro ao limite extremo de uma viagem ao fim do mundo, indissociavelmente ligada a um outro, e nem sei falar tua língua. Você me ama em silêncio porque sou outro: uma aparição efêmera, uma ave migrante. No caso de "Sem Sangue": te amo, e não há como falar disso porque te dei e te tirei a vida. E você me ama pelas mesmas razões pelas quais poderia e deveria querer me matar (os leitores entenderão). Nos dois romances, a ausência da fala amorosa acaba sendo um presente que os amantes se fazem reciprocamente, uma forma extrema (e freqüentemente perdida) de respeito pela complexidade de nossos sentimentos e dos sentimentos do outro que amamos.
E aí me deparo com a seguinte frase: A gente se declara apaixonado porque está apaixonado ou pelo prazer de apaixonar-se? Pensei, opa tá melhorando vou ler... e realmente o que ele fala me fez pensar? será? será que o amor deve ser silencioso mesmo? ou será que devemos fazer como a música do Roupa Nova "Eu te amo e vou gritar pro mundo inteiro , ouvir..." rsss (bregaaaa)
Quem me conhece sabe que sou bocuda e que sempre que conhecia alguém interessante, minha frase predileta era: Ai estou apaixonada!!! rssss Depois de algumas decepções venho me controlando e segurando a onda e agora digo "acho que estou me apaixonando, medooo"... Ou já passou... talvez de tanto me proteger, não consiga entrar de cabeça...
Um amiga que trabalha comigo me perguntou até quando vou ficar me protegendo? a resposta? não sei, talvez até que me sinta realmente segura...
Mas, vamos ao texto... reflitam é bem bacana... beijos
CONTARDO CALLIGARIS
Amores silenciosos
A gente se declara apaixonado porque está apaixonado ou pelo prazer de se apaixonar?
FAZER E RECEBER declarações de amor é quase sempre prazeroso. O mesmo vale, aliás, para todos os sentimentos: mesmo quando dizemos a alguém, olho no olho, "Eu te odeio", o medo da brutalidade de nossas palavras não exclui uma forma selvagem de prazer.De fato, há um prazer na própria intensidade dos sentimentos; por isso, desconfio um pouco das palavras com as quais os manifestamos. Tomando o exemplo do amor, nunca sei se a gente se declara apaixonado porque, de fato, ama ou, então, diz que está apaixonado pelo prazer de se apaixonar. Simplificando, há duas grandes categorias de expressões: constatativas e performativas. Se digo "Está chovendo", a frase pode ser verdadeira se estamos num dia de chuva ou falsa se faz sol; de qualquer forma, mentindo ou não, é uma frase que descreve, constata um fato que não depende dela. Se digo "Eu declaro a guerra", minha declaração será legítima se eu for imperador ou será um capricho da imaginação se eu for simples cidadão; de qualquer forma, capricho ou não, é uma frase que não constata, mas produz (ou quer produzir) um fato. Se eu tiver a autoridade necessária, a guerra estará declarada porque eu disse que declarei a guerra. Minha "performance" discursiva é o próprio acontecimento do qual se trata (a declaração de guerra). Pois bem, nunca sei se as declarações de amor são constatativas ("Digo que amo porque constato que amo") ou performativas ("Aca- bo amando à força de dizer que amo"). E isso se aplica à maioria dos sentimentos. Recentemente, uma jovem, por quem tenho estima e carinho, confiava-me sua dor pela separação que ela estava vivendo. Ao escutá-la, eu pensava que expressar seus sentimentos devia ser, para ela, um alívio, mas que, de uma certa forma, seria melhor se ela não falasse. Por quê? Justamente, era como se a falta do namorado (de quem ela tinha se separado por várias e boas razões), a sensação de perda etc. fossem intensificadas por suas palavras, e talvez mais que intensificadas: produzidas. É uma experiência comum: externamos nossos sentimentos para vivê-los mais intensamente -para encontrar as lágrimas que, sem isso, não jorrariam ou a alegria que talvez, sem isso, fosse menor. Nada contra: sou a favor da intensidade das experiências, mesmo das dolorosas. Mas há dois problemas. O primeiro é que o entusiasmo com o qual expressamos nossos sentimentos pode simplificá-los. Ao declarar meu amor, por exemplo, esqueço conflitos e nuances. No entusiasmo do "te amo", deixo de lado complementos incômodos ("Te amo, assim como amo outras e outros" ou "Te amo, aqui, agora, só sob este céu") e adversativas que atrapalhariam a declaração com o peso do passado ou a urgência de sonhos nos quais o amor que declaro não se enquadra. O segundo problema é que nossa verborragia amorosa atropela o outro. A complexidade de seus sentimentos se perde na simplificação dos nossos, e sua resposta ("Também te amo"), de repente, não vale mais nada ("Eu disse primeiro"). Por isso, no fundo, meu ideal de relação amorosa é silencioso, contido, pudico. Para contrabalançar os romances e filmes em que o amor triunfa ao ser dito e redito, como um performativo que inventa e força o sentimento, sugiro dois extraordinários romances breves, de Alessandro Baricco, o escritor italiano que estará na Festa Literária Internacional de Parati, na próxima semana: "Seda" e "Sem Sangue" (ambos Companhia das Letras). Nos dois, a intensidade do amor se impõe com uma extrema economia de palavras ("Sem Sangue") ou sem palavra nenhuma ("Seda"). Nos dois, o silêncio permite que o amor vingue -apesar de ele não poder ser dito ou talvez por isso mesmo. No caso de "Seda": te amo em silêncio porque te encontro ao limite extremo de uma viagem ao fim do mundo, indissociavelmente ligada a um outro, e nem sei falar tua língua. Você me ama em silêncio porque sou outro: uma aparição efêmera, uma ave migrante. No caso de "Sem Sangue": te amo, e não há como falar disso porque te dei e te tirei a vida. E você me ama pelas mesmas razões pelas quais poderia e deveria querer me matar (os leitores entenderão). Nos dois romances, a ausência da fala amorosa acaba sendo um presente que os amantes se fazem reciprocamente, uma forma extrema (e freqüentemente perdida) de respeito pela complexidade de nossos sentimentos e dos sentimentos do outro que amamos.
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